Cultura e Lazer

Obras na creche Albino Dias Garcia prontas no final de abril

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Edifício com 85 anos, o Ninho da Criança, na Creche Albino Dias Fontes Garcia, recebe as primeiras grandes obras da sua história, que incidem na melhoria da eficiência energética. O valor total do investimento é de 150 mil euros.

“Estamos muito satisfeitos por vos mostrar que a instituição está a cumprir os objetivos da candidatura, aproveitando o financiamento no modo e no tempo”. A frase foi proferida por Jorge Vultos Sequeira durante a visita às obras da Creche Albino Dias Fontes Garcia, na última quinta-feira, dia 25, a meio da tarde. Esta intervenção, que decorre desde dezembro do ano passado num dos edifícios mais emblemáticos na cidade, recai sobre a melhoria da eficiência energética do edifício que alberga o Ninho da Criança, da Creche Albino Dias Fontes Garcia, e é realizada com recurso a financiamento europeu do Programa Operacional Norte 2020, cujo montante foi assegurado pela Câmara Municipal no quadro da Área Metropolitana do Porto.
O presidente da Câmara de S. João da Madeira voltou a reforçar aquilo que afirmou quando anunciou esta empreitada.  “Eu tinha a certeza de que todos os cêntimos iam ser aproveitados e isso está aqui a concretizar-se. É um momento muito importante porque este edifício não tinha uma intervenção tão robusta há 85 anos”. O autarca lembrou que o que está a ser feito é uma reabilitação do edifício, de modo a protegê-lo de infiltrações e de humidades, e é um financiamento enquadrado nos objetivos da eficiência energética. “Todo o imóvel foi revestido a capoto, foram alteradas as caixilharias das janelas e tratada a cobertura do edifício, para que haja poupança nos consumos de energia”.

Edifício sem obras desde a inauguração
O Ninho da Criança acolhe diariamente cerca de 90 crianças e esta intervenção tem decorrido sem interromper o seu funcionamento. O financiamento assegurado pela autarquia é de 103 mil euros, mas o valor do investimento é de 150 mil euros. “Agora estou a solicitar ajuda da câmara para os muros que nos ladeiam, desi01gnadamente revestimento e pintura. As portas de origem devem ser mantidas, porque marcam uma época, e só as portas são cinco mil euros”, refere o presidente da instituição.
José Maria Soares lembrou aos jornalistas que este edifício já não recebia obras de fundo desde a sua fundação e as renovações que decorrem no interior devem ficar concluídas até ao final de abril. “As obras que recebeu eram de pequenas reparações e adaptações no edifício, pois até hoje nunca se tinha feito nada”. O diretor da creche lembrou que, “começando uma obra, depois existem sempre coisas que faltam fazer, que se deviam fazer” e, nesse sentido, acrescentou o pedido de um “segundo financiamento” à autarquia “para pintar os muros, para os tratamento das ferragens e para [manter] as portas, pois marcam uma época”.
Lembre-se que este edifício foi doado pelo neto do Dr. Benjamim António de Oliveira Valente há 85 anos. Em janeiro de 2022, a instituição irá assinalar 75 anos de portas abertas na cidade. A obra de Benjamim Valente ficou marcada por um vasto leque de planos de pormenor, em diversas áreas e arruamentos, bem como arrojados projetos de arquitetura e de engenharia, lançados a partir desse plano.
Iniciou por administração direta o arranjo do Parque Municipal Ferreira de Castro e a construção do Cemitério N.º 3, mandou fazer estudos prévios para as instalações do Tribunal Judicial da Comarca, da Esquadra da PSP e do Aterro Sanitário, lançou no concelho a educação pré-escolar com a abertura de 12 salas entre a Quinta do Conde e Escola de Fundo de Vila, assegurou a construção de uma CERCI, entre muitos outros projetos e iniciativas. Por toda a sua obra, foi-lhe atribuída a medalha de ouro de Mérito Municipal, que recusou.
De salientar, também, que o município conseguiu captar cerca de 687 mil euros em fundos comunitários do Programa Norte 2020, num investimento total de 926 mil 728,04 euros em três equipamentos sociais. O processo começou em 2018 com discussões entre as câmaras que integram a Área Metropolitana do Porto sobre os critérios de divisão do dinheiro e, posteriormente, entre as instituições. Neste caso, a câmara municipal sanjoanense e o Ninho da Criança, a Santa Casa da Misericórdia e a CERCI.

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