Por estes dias ainda se fala das eleições. Com os resultados que tivemos provavelmente vai ser assunto durante bastante tempo, afinal alguma instabilidade se prevê. Contudo, não vamos falar disso. Neste espaço procuro falar de assuntos locais. Não que os assuntos nacionais não se façam refletir nesta cidade, mas há questões que são nossas e é sobre essas que gosto de partilhar o meu pensamento convosco.
Problemas, soluções mal pensadas e politiquices que não se percebem todas as localidades têm. Não é exclusivo de São João da Madeira. Já está no sangue português quer o fazer o que se quer sem pensar nas consequências, quer o pensamento de “chico-esperto” que acha que sabe sempre mais do que os outros. Temos alguns exemplos disso. Por agora, foquemo-nos em duas obras que estão quase a ser classificadas como “obras de Mafra”.
Refiro-me às obras na Rua Oliveira Júnior e no Mercado Municipal.
Antes de mais, há que salientar que para termos melhorias temos de passar pelo período maçador das obras. Isto é, não nos podemos queixar de termos obras, pois elas são necessárias e queridas. Na verdade, é mau sinal quando não há obras. Porém, tudo tem o seu limite.
Na primeira não se percebe o motivo que leva a este atraso que se vai prolongando. Não se vai construir nada que justifique tanto tempo de obra, num troço de estrada tão pequeno. A minha solidariedade com os lojistas, que são os maiores prejudicados com esta demora. Acredito que os prejuízos durante este tempo sejam avassaladores para os comerciantes que já lutam contra as grandes superfícies que teimam em sugar os clientes. Para os moradores também se torna um transtorno, mas acredito que os lojistas estejam a sentir na pele o verdadeiro custo desta demora que não se vê o fim.
Já o Mercado Municipal é uma espécie de “obra congelada”. Foram prometidos mundos e fundos, criando a ideia de que o Mercado iria ser renovado e que iria alcançar uma modernidade e novidade há muito perdida, mas “congelou”. É um edifício grande e que pode abarcar tantos comerciantes, assim é suposto, mas não há iniciativas e incentivos para tal. Não se acabam as obras, nem se iniciam projetos para tornar o Mercado atrativo quer para vendedores, quer para os potenciais compradores.
É pena ver que para algumas coisas até há iniciativa, mas não há acabativa. Estes são apenas dois exemplos dos atrasos que começamos a ficar habituados a ver.
Será que temos de esperar pelas eleições para vermos o fim das obras?