
Muitos jovens usufruíram das férias de verão, enquanto outros viveram-nas de outra forma. Por iniciativa própria ou por incentivo de outrem, alguns estudantes decidiram assumir responsabilidades adicionais.
Vicente Oliveira e Nuno Macedo são dois exemplos de jovens que decidiram pôr as mãos na massa em plenas férias de verão. Aos 16 anos, trabalhar no Campo de Férias da AEJ foi a primeira experiência profissional de ambos. Vicente Oliveira, natural de São João da Madeira, é aluno do 10.º de Ciências e Tecnologias do Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite (AESL) e referiu, em declarações ao jornal ‘O Regional’, que foram vários os motivos que o levaram a trabalhar nas suas férias. O primeiro motivo diz respeito ao fator monetário. “Sabe muito bem ter mais algum dinheiro, para além da mesada, para poder comprar mais algumas coisas”, considerou Vicente Oliveira. “Por outro lado, esta experiência também foi uma mais-valia para o meu currículo e para o meu crescimento pessoal”, observou.
O sanjoanense admitiu que, ao ver os colegas a divertirem-se enquanto estava a trabalhar, sentia “vontade” de se juntar à ‘festa’. “Mas também sabia que só iria ser um mês [de trabalho] e, por isso, teria mais que tempo para estar com eles”, comentou. Também o aluno do 10.º ano de Ciências e Tecnologias, com opção de geometria, da escola Oliveira Júnior, Nuno Macedo, contou ao jornal ‘O Regional” que começou a trabalhar com o objetivo de angariar fundos monetários. “De certa forma, para ter uma maior independência financeira, desenvolver novas capacidades e participar em novas experiências e, sobretudo, como ocupação para o tempo mais desocupado e parado das férias”, declarou Nuno Macedo. “Apesar de certa forma restringir algumas oportunidades de estar em convívio com colegas, ocupou outros dias, mais vazios e tediosos”, notou.
Para ambos os jovens, trabalhar desde tenra idade é uma “mais-valia”. “Aprendi a trabalhar com chefias e em equipa com os meus colegas, o que me permitiu desenvolver e ter um maior senso de responsabilidade”, começou por dizer Vicente Oliveira, reforçando a melhoria da sua literacia financeira. “Ao ser exposto ao mundo de trabalho e ao receber dinheiro, terei de o saber gerir e isso também será importante no meu futuro”, assentiu, concluindo: “Assim, adquiro experiência que me ajudará quando eu ingressar no mercado de trabalho, depois de acabar os meus estudos.” O mesmo vale para Nuno Macedo, que corroborou a perspetiva de Vicente Oliveira. “Na minha ótica, é um ótimo meio de entrada para o mundo do trabalho; faz-nos testar as nossas capacidades e, principalmente, desenvolver novas aptidões”, realçou.
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