A sondagem IPOM/O Regional para a Câmara Municipal de São João da Madeira demonstrou uma elevada precisão preditiva no essencial da disputa eleitoral.
O prognóstico de um empate técnico no primeiro lugar, com o PPD/PSD.CDS-PP a registar 41,3% contra 39,6% do PS, revelou-se um excelente indicador da polarização do voto, sinalizando uma ligeira vantagem para a coligação de direita, como veio de facto a acontecer. A previsão para a força socialista foi notável: o resultado apurado do PS (39,23%) revelou um erro absoluto de apenas 0,37 pontos percentuais.
Globalmente, o erro absoluto médio da sondagem fixou-se em apenas 1,43%, atestando a robustez estatística do trabalho, sendo que todos os resultados finais se inseriram dentro da margem de erro de ±4,2%.
A principal virtude desta previsão centrou-se no acerto do núcleo de eleitos, validando as intenções de voto das duas forças dominantes. A análise da sondagem previa a incerteza quanto à eleição do 7º e último mandato. Teoricamente, este mandato estava em grande disputa, pois pelo método de Hondt, o valor mínimo a atingir para eleição estabelecia-se em cerca de 11,28% dos votos válidos, valor que era marginalmente superior à intenção de voto da terceira força concorrente, que na sondagem, disputava o último lugar a eleger, com 10,6%.
Esta ténue diferença indicava a dependência de uma alta mobilização para a atribuição final.
O resultado final apurado de 4 mandatos, garantindo-lhe a maioria absoluta no executivo camarário, para o PPD/PSD.CDS-PP e três para o PS confirmou o cenário de bipolarização.
A campanha eleitoral do Chega penalizou esse partido, pois a possibilidade de eleger um vereador estava num patamar elevado que a sua votação real jamais alcançaria, atendendo à má campanha efetuada, desprezando a tradicional imprensa local, não chegando por isso à maioria dos eleitores.
O Regional congratula-se por ter apresentado aos seus leitores uma sondagem que se verifica ser totalmente confiável, certeira e isenta.