
O balcão de S. João da Madeira do banco Santander mudou-se da Avenida Renato Araújo, para a Rua António José Oliveira Júnior, junto ao centro da cidade. A “localização privilegiada” justifica a deslocação das instalações.
Presente na inauguração das novas instalações do banco, na passada segunda-feira dia 6, Jorge Vultos Sequeira disse que, sendo a deslocação “uma livre opção do banco”, é “extremamente importante que o banco permaneça em S. João da Madeira” remetendo para “muitos” que têm transferido as operações para o online.
“A opção por este sítio é muito importante porque vitaliza o centro cívico da nossa cidade, é também o reconhecimento de que este é um lugar de excelência, bem serviço de acessos e estacionamento”, sublinhou o autarca.
No seu entender, o desenvolvimento de uma cidade é a conjugação de dois fatores: o investimento público e o investimento privado. “A parte pública está a fazer o seu papel, revitalizamos e recuperamos urbanisticamente esta zona, tornando-a mais atrativa e acessível. É expectável que agora a parte privada queira colher os benefícios da intervenção pública e que vão surgindo investimentos”, salientou.
Por outro lado, “esta zona está na ARU [Área de Reabilitação Urbana] e há um conjunto de isenções das quais os particulares podem beneficiar”, completou, indicando que há dois investimentos privados na mesma rua que já beneficiaram desses incentivos.
Jorge Vultos Sequeira remeteu ainda para a Rua Alão de Morais, que, tendo sido revitalizada, conta com “novas lojas” e “vai abrir um bar”.
Recorde-se que na edição de 24 de março, ‘O Regional’ questionou o Presidente da Associação Comercial e Empresarial sobre vários espaços vazios no centro da cidade, tendo Paulo Barreira indicado que seria “consequência da pandemia”. Contudo, indicava também que S. João da Madeira se está a tornar uma cidade “cada vez mais de serviços” e menos de produtos. Pelas instalações onde agora está o Santander, passaram outros bancos, incluindo o antigo Banco Português do Atlântico. Nos últimos anos, o espaço esteve vazio.
Centralidade justifica alteração de instalações
O diretor do balcão de S. João da Madeira do Santander, Nuno Fernandes, justifica a mudança de instalações com a “localização privilegiada, mesmo no centro da cidade”. “Tem um conjunto de novas valências que justificam a sua abertura, sempre com a máxima de servir da melhor forma os clientes, e tornar a ida a um balcão numa experiência mais atrativa e eficiente”, acrescenta, remetendo para um balcão ‘smart red’, ou seja “balcões maiores, com um ambiente mais moderno, e mais tecnológicos”, que “integram já novas formas de inter-relação com os clientes, ao valorizarem o atendimento personalizado, com o objetivo de maximizar a experiência de todos os que procuram o banco”.
O responsável esclarece que o Santander irá manter todos os serviços já prestados no anterior balcão, “aos quais irá juntar novas funcionalidades, para prestar um serviço ainda mais completo”.
Sublinhando que o Santander tem vindo “a implementar um processo de transformação digital, com um grande investimento em inovação”, considera que há muitos clientes que continuam a procurar as agências físicas, “privilegiando o contacto humano”. Assim, o banco procura combinar “da melhor forma as mais-valias de uma agência física com as do digital”.
Nuno Fernandes considera ainda que, desta forma, este balcão está mais preparado para servir quer particulares quer as empresas e lembra a força industrial da cidade. “S. João da Madeira tem um tecido empresarial muito forte, com uma grande tradição industrial, e continuará a merecer todo o apoio do Santander, ajudando os empresários no crescimento dos seus negócios”, conclui.
“Vendas feitas através de canais digitais já superam as dos canais físicos”
O Diretor Comercial Aveiro Norte, Nuno Pereira, indica que o Santander serve “mais de 1,7 milhões de clientes” e que “no final do 1º trimestre de 2022, o total de crédito a clientes situou-se nos 43,5 mil milhões de euros”.
Segundo o responsável, “o Santander atingiu a marca de 1 milhão de clientes e as vendas feitas através de canais digitais já superam as dos canais físicos (56%)”.
Já no apoio à sociedade, Nuno Pereira frisa que o banco investiu “um total de 6,7 milhões de euros ao longo de 2021, tendo anunciado a criação da Fundação Santander Portugal para reforçar esse impacto, intervindo em áreas chave como a educação, a empregabilidade, a ecologia e o social”.

