Sociedade

Uma cidade a meio gás, em agosto

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S. João da Madeira é, por esta altura, uma cidade cada vez mais deserta. Com o período forte de férias em Portugal a decorrer, fecham-se portas, com empresários e trabalhadores a fazer uma pausa prolongada de descanso.

S. João da Madeira é uma cidade adormecida, em agosto. Escolas fechadas, empresas encerradas, estabelecimentos comerciais a meio gás e cidadãos fora do território, por estarem de férias, são o retrato de uma cidade sem o frenesim habitual do dia-a-dia, a jeito do que acontece com tantas outras terras de Norte a Sul do país. Numa ronda pela cidade, o `Regional´ ouviu alguns agentes locais, para perceber que motivos originam a debandada de pessoas e o encerramento de comércio e serviços e há uma opinião unânime: trata-se de uma altura do ano em que não há importações, em que muitas pessoas estão de férias e em que os próprios patrões também metem férias.
Há mesmo comerciantes que admitem já estar a registar quebras de faturação.
“Nesta altura já está tudo parado. Não se justifica ter a casa aberta em agosto”, diz Elsa Costa que assume um negócio familiar de venda de cortinas na rua 11 de outubro há 43 anos. Para esta empresária, as encomendas já são “muito poucas” e, nesta altura, “também é difícil cumprir com prazos de entrega. Há um país em férias e outros também escolhem agosto para parar”. A comerciante lembra o “desgaste” de um ano de trabalho. “É muito tempo sem férias, há um cansaço visível por esta altura e é necessário parar e eu não tenho ninguém para me substituir no negócio”.

Serviços municipais “têm resposta garantida”

Também a autarquia está a meio gás, por estes dias. São muitos os trabalhadores que, todos os anos, escolhem esta altura para as merecidas férias. Jorge Vultos Sequeira, presidente da câmara de S. João da Madeira, assegura a ´O Regional’ que a “Câmara Municipal está em funcionamento, embora com muitos trabalhadores ausentes em gozo de férias”. O autarca adianta que “deve notar-se o impacto das férias escolares ao nível dos trabalhadores do município, já que o pessoal não docente das escolas é funcionário da autarquia”. Jorge Vultos Sequeira garante, ainda, que os serviços municipais “têm resposta garantida para as situações mais premente”.

Poderá ter acesso à versão integral deste artigo na edição impressa n.º 3998, de 25 de julho de 2024 ou no formato digital, subscrevendo a assinatura em https://oregional.pt/assinaturas/
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