Sociedade

Há mais de 10 mil diabéticos inscritos no ACES Aveiro Norte

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Dos cerca de 11 mil diabéticos inscritos no ACES Aveiro Norte, mais de 2 mil pertencem a S. João da Madeira e correspondem a uma média de idade que ronda os 69 anos.

Há 10.865 diabéticos inscritos no ACeS Aveiro Norte, correspondendo a 9% da população, dos quais 2.471 pertencem a S. João da Madeira (8.6% da população inscrita) e apresentam a média de idade de 69 anos. Os dados são avançados a ´O Regional´ pelo Diretor Executivo do ACeS Entre Douro e Vouga II - Aveiro Norte, no Dia Mundial da Diabetes, que se assinalou na última terça-feira, dia 14.
A doença continua a matar todos os anos milhares de pessoas em Portugal. E, quando falamos de pessoas, referimo-nos às de todas as idades. Portugal é um dos países europeus que regista uma elevada taxa de prevalência da diabetes.
As consultas desta especialidade em S. João da Madeira são realizadas nas Unidade de Saúde Familiar (USF) e também na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), em consultas programadas dirigidas para o efeito, e ainda de forma oportunista durante outras consultas.
Paulo Filipe Diz explica que não existe um médico responsável por acompanhar estes doentes, “mas sim” uma Unidade Coordenadora Funcional da Diabetes (UCFD). “A UCFD do ACES Aveiro Norte coordena e promove a interligação entre os Cuidados de Saúde Primários e os Serviços Hospitalares, de forma a melhorar os cuidados prestados na área da diabetes, para diminuição da incidência, mortalidade e morbilidade associados a esta doença”.
Segundo se sabe, para além do controlo da diabetes, nestas consultas, são também abordados o controlo de outros fatores de risco associados, como a obesidade e o excesso de peso, o tabagismo, a hipertensão ou a dislipidemia colesterol elevado.
O Diretor Executivo do ACeS acautela que a Diabetes é uma doença com “consequências que diminuem” de forma significativa a qualidade de vida dos doentes, “como a perda de visão, amputação ou doença renal crónica terminal”. Além disso, acrescenta: “tem uma taxa de mortalidade significativa, e é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, sendo a sua prevenção essencial”. Nesse sentido, Paulo Ferreira Diz reforça a importância do “diagnóstico precoce que é fundamental” para uma intervenção “imediata e diminuição substancial do risco de complicações”.
Recorde-se que Hospital de S. João da Madeira criou, em maio de 2016, consultas da especialidade que eram integradas no Plano de Revitalização desta unidade hospitalar sanjoanense. Na altura, era assegurada por uma médica do Serviço de Medicina Interna, com especialização nesta área, que garantia não só a resposta a primeiras consultas, ou seja, doentes referenciados pelos centros de saúde, mas também a doentes crónicos que são seguidos no hospital.
Fonte hospitalar do Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga (CHEDV) disse a ´O Regional’, que estas consultas já não se realizam na unidade de S. João da Madeira, e os “diabéticos” são encaminhados para o Hospital sede em Santa Maria da Feira ou para Hospital de Oliveira de Azeméis para as respetivas consultas.
A mesma fonte frisou que, recentemente, um estudo em Portugal revelava que o número de diabéticos estava a aumentar e avançavam que o mesmo passava já um milhão, e recordou a ´O Regional’ que, em 2015, dados tornados públicos davam conta que S. João da Madeira poderia ter mais de quatro mil diabéticos. “É difícil contabilizar números reais. Se uns são acompanhados no Centro de Saúde, ou no São Sebastião, há outros que recorrem às unidades privadas”. Apesar de tudo, explica que aquilo que sempre se verificou em S. João da Madeira foi um número “considerável de casos junto de jovens que, através de rastreios, se verificavam que eram diabéticos e não sabiam”, refere a mesma fonte.
A data foi assinalada no Hospital São Sebastião, sede do CHEDV, ao longo do dia, com rastreios e avaliação à população, no hall de entrada do piso 3.

Poderá ter acesso à versão integral deste artigo na edição impressa n.º 3962, de 16 de novembro de 2023 ou no formato digital, subscrevendo a assinatura em https://oregional.pt/assinaturas/
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