O preço dos ossários municipais vai aumentar de 552,55 euros para mil euros e a subida gerou discussão na assembleia municipal, onde foi aprovada a alteração à tabela das taxas de ocupação dos ossários municipais.
A mudança é necessária já que a autarquia, tal como 'O Regional' já noticiou, vai construir mais 350 ossários no cemitério nº 3. Para isso, foi necessário alterar o regulamento de taxas que remonta a 2010 e onde os custos de construção estavam desatualizados.
O presidente da autarquia, Jorge Sequeira, sublinhou que a Câmara não beneficia com o aumento, mas como se trata da prestação de um serviço que não é de “natureza suplementar”, há equiparação entre o custo da construção e o valor do ossário.
Fátima Guimarães, da CDU, considerou fundamental a construção de novos ossários, uma vez que a “procura é grande”, mas mostrou dúvidas quanto à evolução do valor da taxa. “O presidente explicou parte do problema”, apontou a deputada, mas o crescimento da taxa, sinalizou, é “muito superior à evolução da inflação”. “Explicou que é o custo, mas quando se começou a fazer ossários também teve um custo, provavelmente houve aqui outra política”, desabafou. Eva Braga, do BE, manifestou a mesma preocupação, afirmando não ver “uma justificação clara” para o aumento de 525 para mil euros, “um custo para as pessoas muito grande”.
Jorge Sequeira admitiu não conseguir explicar, de momento, “o racional que estava subjacente à taxa antiga”, mas apontou que foi pedida informação à Divisão de Obras Municipais sobre o custo unitário de cada ossário e que foi indicado o valor de mil euros. “Resulta da análise dos preços de construção de mercado, fazemos fé nessa informação, recordo que os custos de construção subiram significativamente”, argumentou o autarca, afirmando que existe a necessidade de “balanceamento das taxas” uma vez que o valor dos serviços prestados tem que ser “repercutido”.
Na votação, o BE votou contra, a CDU absteve-se e o PS e a Coligação A Melhor Cidade do País deram luz verde ao documento.
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