Sociedade

“Mistérios da Ciência” são revelados na 17.ª edição da Feira da Ciência

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Está de portas abertas desde segunda-feira, dia 5, a 17.ª edição da Feira da Ciência, organizada pela Divisão de Educação da Câmara Municipal de S. João da Madeira, O evento decorre na Torre da Oliva até ao dia 16 de maio, com o tema “Mistérios da Ciência" e é destinado às crianças dos jardins de infância e das escolas do 1.º ciclo do concelho. Oferece aos pequenos cientistas uma oportunidade única de explorar, de forma divertida e pedagógica, o mundo da ciência. No próximo sábado, 10 de maio, a partir das 14h30, o evento abre também as suas portas às famílias, permitindo a todos os interessados mergulharem no universo científico das várias áreas do conhecimento.
Ao longo de 10 dias, cerca de 1600 crianças, acompanhadas pelos seus professores e auxiliares de ação educativa, estão a visitar a Feira da Ciência no edifício da Torre da Oliva. Esta iniciativa, que tem vindo a crescer ao longo dos anos, resulta do sucesso do projeto ‘Pequenos Cientistas Sanjoanenses’, da Câmara Municipal de S. João da Madeira. O projeto visa aproximar as crianças do universo científico, proporcionando-lhes atividades experimentais e interativas, que abrangem diferentes áreas da ciência, como Química, Biologia, Física e Astronomia.
Na abertura do evento, Jorge Vultos Sequeira, acompanhado pela vereadora da Educação, Irene Guimarães, e por técnicos da autarquia, percorreu os diferentes espaços da feira, realçando que a mudança do evento do Museu da Chapelaria para a Torre da Oliva, onde se passou a realizar nos últimos anos, permitiu dar “um grande salto na organização”. “O objetivo do programa dos Pequenos Cientistas e o objetivo desta feira é fazer despertar a curiosidade científica nos mais novos. A ciência é a base do raciocínio e é a base da qualidade de vida que hoje a humanidade dispõe” — disse aos jornalistas — acrescentando que a ciência “está por detrás de tudo. Está por detrás da saúde, do ambiente, da segurança alimentar, ou seja, a investigação científica é a base de tudo”.
Jorge Vultos Sequeira lembrou que, ao longo das anteriores edições, tem havido “um tema que é unidimensional na sua palavra, mas que sempre se reflete em vários setores da ciência: o ambiente, a saúde, a parte da ecologia”.
Joana Carvalho, técnica superior do município e uma das professoras do programa Pequenos Cientistas, afirmou que a oferta é vasta, mas que há sempre experiências que marcam a diferença dentro da feira. “Tudo o que seja para mexer com as mãos, e se então tiver um bocadinho de destruição acoplada — que é a parte ali da escavação paleontológica — as crianças gostam sempre muito.” Mas a atração passa ainda pela experimentação dos circuitos elétricos. “Pegando no tema do apagão recente, questionamos: o que é que nós podíamos ter feito em casa para simular uma lâmpada, para simular uma pilha?” Os microscópios e os animais vivos são também um dos lugares preferidos dos alunos. “Este ano temos um réptil e hamsters”, diz Joana Carvalho.
Na edição deste ano, a feira dispõe de uma entidade externa que colabora no ensino da robótica. “É um contacto não desconhecido, pois o mesmo tem chegado às escolas durante as aulas”, principalmente a partir do terceiro e do quarto ano de escolaridade, uma vez que, segundo Joana, “é uma linguagem que não está acessível aos mais pequenos, e eles também gostam muito dessa componente.” No próximo sábado à tarde, será a vez das famílias poderem visitar a feira dos mais pequenitos. Jorge Vultos Sequeira diz acreditar que a afluência de visitantes poderá ser igual ou superior à última edição e deverá rondar as 500 pessoas.
O programa deste ano inclui uma vasta gama de experiências, onde as crianças poderão aprender, de forma lúdica, sobre as ciências naturais, a vida e o cosmos. Além das atividades relacionadas com as Ciências Naturais, Biologia, Física e Astronomia, destacam-se também oficinas especiais, como a dinâmica realizada pelo Museu da Chapelaria e uma oficina de robótica, que promete entusiasmar os jovens participantes.
O evento é uma oportunidade para as crianças compreenderem conceitos científicos de uma forma prática e experimental, contribuindo para o seu desenvolvimento de saberes e competências essenciais.
As atividades da Feira da Ciência são pensadas para promover o conhecimento científico e a cidadania ativa, ajudando as crianças a compreenderem a importância de questões ambientais e a desenvolverem competências para tomar decisões informadas e responsáveis. Assim, a iniciativa não só contribui para o enriquecimento do saber, mas também para a formação de cidadãos mais conscientes e sensíveis às questões do meio ambiente e da sociedade.

Feira da Ciência
Feira da Ciência decorre até 16 de maio na Torre da Oliva

“Candidatura ao programa Portugal2030 para a área da educação”

Falando no futuro deste projeto, o edil frisou que a autarquia fez uma candidatura ao programa Portugal2030 para a área da educação — “uma candidatura de 740.000 euros” — onde, “pela primeira vez” foi incluida a área da ciência através de um “reforço do projeto Pequenos Cientistas Sanjoanenses”. Pretende-se, assim, reforçar os recursos humanos e os recursos técnicos “através da aquisição de novos equipamentos, colocando nas nossas escolas os melhores materiais e equipamentos disponíveis. Será um passo muito importante de capacitação deste programa”, refere o autarca.
A Feira da Ciência tem por base o projeto “Pequenos Cientistas Sanjoanenses”, que decorre ao longo de cada ano letivo nas escolas do 1.º ciclo e jardins de infância, sendo um complemento da área curricular disciplinar do Estudo do Meio.
Deste modo, segundo informação da Câmara Municipal, é seu objetivo principal desenvolver programas educativos e de entretenimento em vários campos do conhecimento científico, tecnológico e social.
Dessa forma, os alunos podem compreender, progressivamente, que “existem assuntos, metodologias, técnicas e formas de pensar mais associados ao caráter investigativo”.
Nesse sentido, “as atividades propostas são revestidas de caráter prático e experimental”, ajudando o aluno a “compreender e a interiorizar os conceitos trabalhados ao longo do ano letivo”.
Proporciona-se, assim, a oportunidade de as crianças “desenvolverem saberes e competências que lhes permitam tomar decisões e agir de forma sensível aos assuntos ambientais e cidadania ativa”, assegura o chefe máximo do executivo.

FOTOS ENZZO REIS
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