Foram quatro dias a debater a atual situação do jornalismo em Portugal. Este encontro não se realizava há sete anos e contou com a participação de mais de 800 profissionais de todo o país.
O 5.º Congresso dos Jornalistas Portugueses levou à discussão, entre os dias 18 e 21 de janeiro, no Teatro S. Jorge, em Lisboa, aqueles que são os principais problemas da profissão, com quase 800 congressistas inscritos, os quais aprovaram, por unanimidade, no último dia do congresso, uma greve geral e mandataram o Sindicato dos Jornalistas para definir a data da paralisação.
A moção, que propunha a greve, referia que “há anos que tentam partir a espinha do jornalismo e dos jornalistas. O descalabro e o nível de destruição a que assistimos nos últimos meses pôs a nu, e da pior forma, a gravidade das condições de exercício do jornalismo em Portugal. Mas não começou com a destruição do Global Media Group. A crise está entranhada em todas as redações”.
Ainda segundo a moção, “a gravidade das condições de exercício do jornalismo em Portugal, é cada vez maior”, pois há muitos jornalistas sujeitos a baixos salários, precariedade, obrigados a longos turnos, pressionados e muitos deles até agredidos, pelo que considera que, “num momento muito grave para o jornalismo”, são precisos “gestos consentâneos”.
Marcelo Rebelo de Sousa marcou presença no primeiro dia do congresso. O Chefe de Estado, também ex-jornalista, sem nunca ter pedido carteira profissional, sentou-se na sala ao lado presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Henrique Araújo.
O chefe de Estado lembrou que “sem jornalistas, é bom que se perceba isto, não há jornalismo”, traçando uma radiografia atual da situação do jornalismo em Portugal. Marcelo exigiu “transparência” sobre quem gere os grupos de comunicação social em Portugal, “com que projetos editoriais, com que modelos, com que perfis e viabilidade de dar vida ao setor” e disse que se deve pensar no papel do Estado na crise do jornalismo.
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