O contrato de concessão da exploração do Palacete dos Condes Dias Garcia para uma instalação hoteleira, celebrado em plena pandemia, foi alvo de “inúmeros constrangimentos”, sendo um deles a própria atuação municipal, que só conseguiu libertar o espaço em junho de 2023. Na última reunião camarária, a alteração ao caderno de encargos do projeto foi aprovada por unanimidade, tendo em conta o período de pandemia.
“Parece-nos ser de inteira justiça fazer uma alteração ao contrato inicial, feito antes do Covid, que previa que decorresse muito antes desta data de entrega e de disponibilização do terreno”, explicou Jorge Vultos Sequeira. A alteração contratual passou por considerar o período referente à pandemia, descontando-o e iniciando a vigência contratual com a disponibilização do terreno ao promotor. “É um investimento estrutural e importantíssimo para S. João da Madeira que decorre a bom ritmo”, afirmou o autarca.
Na perspetiva do executivo, o investimento de cerca de 15 milhões de euros “vai mudar completamente” o posicionamento do concelho no que diz respeito à sua oferta hoteleira e turística na região. “Creio que poderemos dizer, sem exagero, que iremos ter o melhor hotel da nossa sub-região”, comentou Jorge Vultos Sequeira. A proposta ainda será submetida à Assembleia Municipal. O investimento do promotor, Hoti Star Portugal Hotéis, conta com o apoio do Millennium BCP através dos programas IFRRU2020 e Revive. Em entrevista ao Público Imobiliário, a administração da Hoti Star Portugal Hotéis explicou que o principal público-alvo do novo Meliá será o segmento corporate, nomeadamente empresas com interesse na região, além de grupos desportivos, bem como famílias e casais.