A CDU sinalizou a importância de esclarecer a população sobre o Plano de Emergência Externo da Flexipol, aprovado na última assembleia.
A assembleia municipal aprovou por unanimidade o Plano de Emergência Externo da Flexipol. O presidente do município esclareceu que o “plano é imposto por uma diretiva comunitária, que regula o funcionamento de empresas que manuseiam e manipulam materiais perigosos”. Jorge Sequeira realçou que a proposta a votação foi preparada pelos serviços municipais, em cooperação com o gabinete de Qualidade e Segurança da Flexipol, num processo “longo e de grande aprendizagem”, que envolveu ainda a Comissão Municipal de Proteção Civil -– que no dia 6 de fevereiro realizou uma visita de campo para sensibilizar os agentes de proteção civil para a matéria. O edil realçou que o plano envolveu também a cooperação do concelho de Oliveira de Azeméis, tendo sido realizada uma visita com o presidente da Câmara oliveirense e o coordenador municipal de Proteção Civil de Oliveira de Azeméis. Há visitas regulares, simulacros com frequência na Flexipol e um acompanhamento atento da autarquia, frisou o autarca, destacando que “todos os procedimentos de segurança são acautelados”. Segue-se uma sessão de informação à população, para agendar em abril ou maio, avançou Sequeira, frisando que os membros da Comissão de Proteção Civil têm clara noção do que está em causa.
Pela voz de Fátima Guimarães (CDU) vieram muitas preocupações. A deputada apontou que visitou recentemente a empresa e que saiu “apavorada com as hipóteses de alto risco que aquela empresa representa”. Fátima Guimarães apontou alguns cenários em caso de incidente na Flexipol, como a “formação de nuvens tóxicas” ou “águas contaminadas”, para sinalizar que “a população precisa de ser esclarecida atempadamente”. “Não tenho dúvidas de que o plano estará bem feito”, apontou a deputada, para deixar a ressalva: “Podemos ter um papel bonito, mas se houver um acidente na Flexipol, duvido que cada um saiba como agir”.
Em resposta, Jorge Sequeira reforçou que a empresa “é objeto de um acompanhamento cuidadoso e permanente por parte da Proteção Civil Municipal” e que “a Comissão Municipal de Proteção Civil [e agentes] está plenamente inteirada desta situação”. O edil apontou que quando tomou posse e “consciência desta realidade”, iniciou de imediato esse acompanhamento e os trabalhos que conduziram à elaboração do plano. A sensibilização à população, realçou, “vai acontecer a breve prazo”.
Jorge Sequeira fez ainda questão de frisar que a Flexipol “cumpre as regras de cuidado aplicáveis” e que se trata de “uma empresa segura, apesar de trabalhar com material perigoso”, sendo ainda uma empresa que “compõe um cluster económico e industrial importante de S. João da Madeira, porque faz espumas que ao longo de décadas alimentaram a indústria de colchões”. O autarca mostrou-se ainda disponível para articular uma visita de membros da assembleia municipal à empresa.