O título apresentado julgo apropriado ao texto/crónica se pensarmos num tempo pós Covid – um verão diria eu normal, livre de restrições do ponto de vista dos nossos velhos costumes ainda que, nos “obrigue” aqui e ali a parar, meditando na incerteza do desfecho duma absurda quanto(…) indesejada guerra paredes meias com uma comunidade europeia já afectada…
Mas este verão que agora partiu trouxe-nos outros acontecimentos normais. Outros… assim nem tanto. Do ponto de vista de política nacional, uma campanha laranja assanhada quanto baste, aproveitando até ao tutano hesitações e outros tantos tiros no pé do governo de Costa. Direi, a partir de governantes ao jeito(…) ingenuamente, por denunciada inexperiência, mas também irresponsavelmente, como aquele lá do Minho…
A “normalidade” infeliz, de um presidente da República Portuguesa, apostado na instabilidade política ao invés discurso de ponderação – como, fazendo lembrar-nos que o país cresceu afinal (…), acima de outro qualquer parceiro europeu não obstante os danos humanos e sobretudo económicos duma pandemia que a todos massacrou e, uma crise/inflação para combater resultante daquela guerra com a invasão da Rússia na Ucrânia. Um Presidente ao pior dos estilos, populista, fazendo impor-se pela intromissão nas políticas e escolhas do governo legitimado… com maioria parlamentar.
Normalidade por cá, vai sendo já o registo de Jorge Sequeira na sua habitual entrevista ao semanário concorrente local, no pico do verão como que se antecipando às férias, e anunciar um executivo a “braços” com (muita) obra mas, porém, quanto ao “grito” do povo à generalidade do estado precário dos passeios da cidade, nada. (A fazer-me lembrar aquelas célebres entrevistas de “Ano Novo” em A Bola, dum ilustre antigo presidente de um grande do futebol nacional).
Nada de normal… porque surpreendente (já explico porquê), o contrato supostamente acordado com a FP Natação para a realização por três (3) anos consecutivos contando com o realizado recentemente 7, 8 e 9 de julho, do OPEN MASTERS DE NATAÇÃO DE PORTUGAL na nossa piscina olímpica. Decisão importante, inteligente do ponto de vista da promoção do desporto local, mas também da cidade. Sim, com certeza. Mas, como vamos compreender o contraste (aberrante) relativamente ao tratamento – pela sua mesma câmara sr. Presidente - oferecido à Natação local!!!
Constrangimento, desilusão e lamento... numa luta de cerca de quatro (4) anos, de técnicos, atletas, dirigentes e demais entusiastas confrontados com decisão camarária – à efectiva existência dos dois clubes locais para a natação desportiva a decisão de que no espaço disponível de treino em todo o ano (piscina curta (25mts) interior com seis (6) pistas) dividido “ao modo salomónico” em três pistas para cada um dos clubes sabendo (é documentado), que um dos clubes teria em média seis (6) nadadores a treinarem em cada uma das três pistas. O outro clube (ADS), três (3/4) nadadores por pista (…) – permitindo-se (porque autorizado…) à sua Escola Municipal de Natação, chf. da Divisão do Desporto, responsável da pasta do Desporto (vulgo vereador) e o próprio, Presidente do Município sanjoanense. Agora, revertida uma tal infeliz decisão que, caríssimos leitores d’O Regional, amigos e desportistas em geral, resultaria no paradoxo de uma injusta desigualdade de tratamento e, discriminação de grupos. Mandar às malvas o direito a oportunidades iguais ignorando condições de igualdade para todos e sem excepção que, identificam, pensamento e mentalidade dos quais confesso ter dificuldade em qualificar. Não obstante todos os esforços do clube prejudicado (AEJ) em todo aquele tempo junto da divisão do desporto, sensibilizando-o(s) no sentido de alterarem tal decisão.
Será este infeliz caso, repito infeliz, numa daquelas conclusões que se enquadrará no dizer do povo: “Deus escreveu direito por linhas tortas”. Eu… direi: haja Deus, mesmo que venha tarde…
O autor escreve segundo o antigo Acordo Ortográfico