Opinião

Eleições de novo

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Há quem se surpreenda quando falamos das próximas eleições autárquicas. Ainda sem data marcada, serão entre finais de Setembro ou princípios de Outubro.

Tantas eleições, exclamam alguns. De facto, em quatro anos seremos cinco vezes chamados a votos: 30 de Janeiro de 2022, Assembleia da República (AR); 10 de Março de 2024, AR; 9 de Junho de 2024, Parlamento Europeu; 18 de Maio de 2025, AR; Setembro ou Outubro de 2025, Autarquias Locais e Janeiro de 2026, Presidência da República. Podemos ter de ir votar muitas vezes, mas felizmente seremos nós – cidadãos - a escolher e não outros por nós. A democracia é sempre melhor!
O regime ditatorial que vivíamos, antes de 25 de Abril de 1974, teve origem no golpe de Estado de 28 de Maio de 1926. Os golpistas implantaram a «ditadura militar»: destituíram os órgãos democraticamente eleitos na República, proibiram os partidos políticos e os sindicatos existentes. Exilaram, prenderam, torturaram e mataram os que se lhes opuseram.
Após alguns anos do golpe de Estado, a ditadura de extrema direita que dominou o país durante 48 anos, designou-se Estado Novo. Contudo, as suas grandes semelhanças com o regime italiano de Mussolini, de quem Salazar era amigo e admirador, levou a que a designação «fascista» se impusesse.
Durante os 48 anos que vivemos em regime fascista, os autarcas foram nomeados pelos governos de Salazar e Marcelo Caetano. Naquele tempo a opinião do povo não contava.
O 25 de Abril veio dar-nos o direito de decidir. Por isso iremos a votos após o Verão. Vamos escolher os cidadãos que nos representarão no Município (Câmara Municipal e Assembleia Municipal) e na Freguesia (Junta de Freguesia e Assembleia de Freguesia). Hoje a opinião do Povo conta!
E é porque a opinião do Povo conta, que todos nós temos o dever de participar em mais um acto eleitoral. Depende do nosso voto a qualidade dos serviços que vamos ter e as opções que podem ser tomadas.
A humanização da cidade, a solidariedade, a habitação, o urbanismo, o espaço público, a natureza, a mobilidade, os equipamentos, os transportes, o estacionamento, a infância, a velhice, a cultura, a atmosfera, a água, etc., são temas que nos devem motivar a participar na nossa vida colectiva.
A participação dos cidadãos, o respeito pela diferença e a lealdade ao sistema democrático que o 25 de Abril nos trouxe, são ferramentas fundamentais para o desenvolvimento e para o progresso.
Vamos usar essas ferramentas para contribuirmos para uma cidade melhor?
Estamos convencidos que sim!

O autor escreve segundo o antigo Acordo Ortográfico.

 

 

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