Devo aos prezados leitores o pedido de desculpa que se subentende do texto de hoje.
Só hoje, 5 de Outubro, é dei conta de que, ao informar – logo no regresso a estas lides n’O REGIONAL – de quais e quantas línguas indo-europeias se falavam na Europa, falhei (que é que me passou pela cabeça?) ao não mencionar um conjunto importantíssimo de línguas dessa Família.
Referi estas: Arménio; Lituano, Letão; Célticas: Bretão, Galês, Irlandês, Escocês; Grego; Itálico – Latim, de que provieram: Italiano, Romeno, Sardo, Catalão, Francês, Português, Provençal e Espanhol; .Eslavo ou Eslavónico – Bielorrusso, Russo, Ucraniano, Búlgaro, Macedónio, Servo-Croata, Esloveno, Checo, Polaco, Eslovaco; Traco-Ilírico – Albanês.
De que ramo me esqueci (e volto a pedir desculpa pela infeliz omissão)?
Das línguas germânicas.
Pois… Vamos a elas!
Quais são as Línguas Germânica do Norte da Europa?
Islandês, Norueguês, Sueco e Dinamarquês.
Quais são as Línguas Germânicas do Oeste?
Ânglico escocês; Inglês; Frísio; Holandês; Baixo-alemão; Alemão.
Nas minhas “investigações” (se ponho as aspas é pra não me levarem muito a sério),tive o azar de me meter a “investigar” (se ponho as aspas é pra não me levarem muito a sério) o que houvesse acerca da língua frígia. Depois de muito e muito ler (do que não estou arrependido!) dei conta do seguinte:
“As últimas menções à língua frígia datam do século V e é possível que ela já fosse uma língua extinta no século VII”.
Deram conta da minha confusão (devida à minha múltipla ignorância)?
Uma coisa é a língua FRÍGIA – já há muito falecida -, outra é a língua FRÍSIA.
E acrescento desde já, (e transcrevo) para desfazer dúvidas:
“As últimas menções à língua frígia datam do século V e é possível que ela já fosse uma língua extinta no século VII”.
Agora já posso regressar à(s) língua(s) FRÍSIA (S)!
“As línguas FRÍSIAS, também conhecida como FRISÃS, são uma família linguística anglo-FRÍSIA, sendo os idiomas mais próximos das línguas inglesas por uma séria de metaplasmos comuns. São faladas nos Países Baixos e em partes da Alemanha”.
Terá sido totalmente perdido o tempo em que andei enfronhado no que dizia respeito à língua FRÍGIA?
Não! Na minha opinião, não foi!
Porque recordei coisas que aprendera há uns séculos e… elas estavam vivas cá dentro. O que é consolador e me faz ficar satisfeitote comigo (o que é raro…).
Uma delas foi a referência ao NÓ GÓRDIO.
Quando um rei da Frígia morreu, não deixou herdeiro e… há que consultar o oráculo, para se saber o modo de resolver o problema. E o consultado anunciou “que o sucessor chegaria à cidade num carro de bois”. E a profecia foi cumprida por um camponês de nome GÓRDIO. E – a profecia o dizia… - foi coroado. E – homem grato… raridade… cada vez mais confirmada…- “para não esquecer o seu passado humilde, “colocou a carroça no templo de Zeus. E amarrou-a com um enorme nó a uma coluna. O nó era, na prática, impossível de desatar e por isso ficou famoso”.
Quinhentos anos se passaram e (agora é histórico!) em 334 a. C, o magnífico Alexandre Magno (ou o Grande), passou por aqueles lados e ouviu a lenda.
Lá foi ao templo, lá viu o tal nó que ninguém tinha até ali desatado e… analisou, e reflectiu e – ou ele não fosse rei e não tivesse todo o poder e mais algum… - resolveu a questão à sua maneira: desembainhou a espada e… cortou o nó!
Não é tudo tão fácil, quando se tem todo o poder e ninguém nos vem à mão???
Outra história – mitológica, esta – que também me (re)apareceu foi uma passada com o rei Midas.
Segundo a fonte em que bebi esta versão, um filho do rei Górdio foi o Midas, a quem um dia levaram um velho bêbedo e perdido (perdido e perdido de bêbedo).
O dono da casa (e do reino) reconheceu o borrachão: era Sileno, mestre e pai do deus Baco. Tratou dele e levou-o até ao pai.
Midas cuidou de Sileno e levou-o a Baco. O deus da vinha e do vinho, muito benevolente (…), concedeu um pedido a Midas. E este não se fez rogado… Prenda de um deus… não é nada de deitar fora. E pediu-lhe que tudo aquilo em que tocasse se transformasse em… ouro.
E o Baco (Generoso? Patifório?) concedeu-lhe o pedido.
E o Midas, supercontente com a maravilha que lhe era concedida, voltou para o seu palácio. E, pelo caminho, tudo aquilo em que tocava… tunfa! Transformava-se em ouro: pedras, folhagens, frutos... E, chegando à real morada, ordenou aos criados que lhe servissem um banquete. Chegado este à mesa, pega num pão e… o pão transformou-se em ouro… e não podia ser comido. Quis beber um copo de vinho e… é o bebes! Também o vinho se transformou em ouro e… ficou intragável.
Imagine-se como ficou o coitadinho do Midas! Desesperado com o futuro que se lhe antolhava.
A filha, Febe, ao vê-lo naquele estado, tentou socorrê-lo e ficou transformada em bela estátua de ouro.
E mais desvairado do que nunca, Midas elevou uma oração a Baco, o manhosão, para que este o livrasse daquela maldição. E o Baco disse-lhe que fosse lavar-se ao rio Pactolo.
O Midas assim fez, livrou-se da praga maldita, as areias do rio é que ficaram douradas.
E arrependido da ganância em que tinha caído – Bem feito! Bem feito! Bem feito! – voltou ao campo, passando a morar longe das cidades.
Não poderia acontecer uma coisa destas aos multimultimultimilionários que vagueiam pelo Mundo… por quase todo o Mundo?!
ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
Até à próxima, Amigos!
Abração!