Cristina Marques professora de Português na Escola Básica e Secundária Oliveira Júnior, há 32 anos, é finalista da edição de 2023 do Global Teacher Prize Portugal
Para a docente S. João da Madeira “não é um território insulado” no que toca ao estado da educação, no entanto reflete a “realidade nacional”. Apesar disso, “trata-se de uma cidade que investe” no ensino, disso são exemplo as “iniciativas dinamizadas pelo Município”, e as “parcerias que dão visibilidade às escolas”, garantiu a docente na conversa que teve com ‘O Regional’.
Este prémio que chega atualmente a 120 países e atribui, em Portugal, a quantia de 30 000 ao professor eleito em cada ano, é uma iniciativa da organização mentes empreendedoras, que tem como objetivo “valorizar a profunda importância dos professores no desenvolvimento do nosso país e de cada comunidade”.
O concurso é dirigido a todos os docentes que exerçam profissão, “desde o pré-escolar ao 12º ano de escolaridade (regular e outros), desde que respondam ao desafio Ser Professor “Empreendedor e Inspirador”, (adjetivos que constam do cartaz e publicitação do prémio).
Tal como nos confidenciou Cristina Marques, o formulário que os concorrentes têm de preencher contém “vários campos”, entre eles a “história pessoal do docente, resultados escolares dos alunos, o contributo para a melhoria da profissão e do estatuto docente, partilha de práticas pedagógicas, uma reflexão sobre o futuro da profissão docente, o impacto da ação do docente sobre a comunidade escolar e extraescolar, projetos para investimento”, (pois o prémio é para a escola), assim como “projetos inovadores”. Os docentes têm também de realizar um vídeo de autopromoção. No seu vídeo já disponível na página de Facebook do GTP Portugal, Cristina Marques desvenda que na sua prática pedagógica “não há rotina nem monotonia”, uma vez que quer que os seus alunos “aprendam mais e melhor”, e desenvolvam “competências, sensibilidade artística” e “vivam experiências literárias de impacto”. Para além da sala de aula também desenvolve “competências teatrais”, com “alunos e professores”, referindo-se a si como um “singular plural”, num palco que é “o dia a dia da sala de aula” perante “uma plateia envolvida, motivada e participativa”.