José Almeida nasceu e cresceu nos Carvalhos, mas hoje sente-se mais sanjoanense. Chegou a São João da Madeira em 2017/18, foi campeão nacional da II Divisão na época seguinte, saiu em 2019/20, mas voltou há duas temporadas
‘O Regional’ - Na época passada voltou à AD Sanjoanense. Ficou surpreendido com o convite? Foi fácil aceitar?
José Almeida - Desde o dia que saí da ADS, sempre tive o desejo de voltar, portanto foi muito fácil aceitar o convite. Sabia que a ADS estava a atravessar um momento menos bom com a descida de divisão, por um lado fiquei surpreendido, mas por outro com muita vontade de voltar a vestir a camisola da ADS.
O que mudou da época passada para esta temporada, para que a ADS tenha conseguido a tão desejada subida?
No mundo do desporto não é assim tão linear dizer qual a diferença de uma época para a outra. De um ano para o outro muita coisa muda, equipas, jogadores, o momento de cada equipa. Sem dúvida que este ano tínhamos uma grande equipa e o espírito de grupo que tínhamos no balneário ajudou muito a este sucesso. Todos juntos trabalhámos muito para atingir o nosso objetivo.
Foi campeão em 2018/19, voltou a ser campeão esta temporada. Que diferenças encontra entre os dois títulos nacionais?
A primeira foi muito especial claro, foi o primeiro titulo como sénior que ganhei e foi um momento muito bom. A maior diferença que encontro é que no primeiro título festejei mas com um sabor “amargo” porque tínhamos uma vantagem muito grande para o segundo jogo e tivemos de sofrer muito nos últimos 10 minutos para sermos campeões e não tínhamos necessidade disso. Esta foi difícil, mas ganhar em casa com os nossos adeptos é uma sensação incrível.
Tendo o Zé muita experiência na II Divisão, imaginava poder ser capaz uma equipa conseguir 24 vitórias seguidas?
A II Divisão a cada ano que passa fica mais forte e com equipas muito mais bem preparadas, que qualitativamente, quer a nível físico por isso sem dúvida que ninguém estava à espera de ver uma equipa a conseguir 24 vitórias seguidas. É uma época que vai ficar marcada por esse registo.
"O jogo em Viana sem dúvida que foi o jogo mais marcante"
Se pudesse eleger um jogo marcante e um golo marcante de 2023/24, quais elegeria?
Aqui acho que se perguntassem à equipa toda, acho que a resposta ia ser a mesma: o jogo em Viana sem dúvida que foi o jogo mais marcante não só por tudo que se passou durante o jogo, mas também porque era o nosso principal rival e o golo do Hugo Santos, a 1 segundo do fim, foi um momento que ficará para sempre na minha memória.
Como perspetiva a próxima temporada para a ADS?
Jogar no melhor campeonato do mundo com os melhores jogadores do mundo é sempre um privilégio, mas também torna o objetivo do clube e da equipa mais difícil. Acredito muito na nossa equipa e vamos trabalhar bastante durante o ano para no final todos juntos voltarmos a ter motivos para festejar.
Ficou também ligado a um enorme feito na Formação, ao ser vice-campeão nacional de sub-13. Surpreendido com o desempenho da equipa?
Este projeto começou ano passado quando juntámos a equipa toda de primeiro ano para prepará-los para a próxima época. Fiquei surpreendido sim, porque não é fácil competir com equipas que vão buscar os melhores jogadores a outras equipas, mas os miúdos trabalharam muito e no final a recompensa que tivemos foi excelente e mais que merecida.
O desempenho dos sub-13 é algo geracional ou é um indicador de que a formação da ADS está a conseguir reerguer-se?
Acho que ambos, sem dúvida que esta geração de miúdos é muito boa e este feito todos nós sabemos o quão difícil é de atingir mas, por outro lado, a nossa formação tem vindo a crescer nos últimos anos e o Marco Oliveira, como diretor da formação, tem feito um trabalho excelente. Ainda temos muito trabalho pela frente para continuar a colocar cada vez mais equipas nos nacionais e a formar cada vez mais jogadores com o objetivo de um dia atingirem o sonho de representar os seniores do nosso clube.