Saúl Alves é o novo treinador da equipa sénior de Andebol da AD Sanjoanense. Natural de Vila Nova de Gaia, o técnico de 45 anos sucede a Arthur Pellegrini no cargo e chega dos escalões de formação do SC Espinho, emblema que representou na temporada que agora termina.
Trata-se de um regresso a S. João da Madeira, já que, em 2017/18, Saul Alves foi treinador da equipa de juvenis da AD Sanjoanense e em 2019/20 orientou as seniores femininas, numa época em que desempenhou também a função de Coordenador no Clube.
Na AD Sanjoanense, o treinador vai reencontrar alguns atletas com os quais trabalhou quando estes eram ainda jovens e sublinha que se trata de “um grupo com enorme talento e potencial, mas sobretudo com enorme caráter”.
“Num desporto coletivo, isso conta muito. Um desafio urgente é elevar os níveis de confiança, que estão baixos. Os três últimos anos não foram fáceis e eles (jogadores) ainda são muito jovens. Ainda têm um percurso a fazer e queremos que desfrutem do Andebol com o símbolo da ADS ao peito. Pretendemos criar uma dinâmica vencedora e chamar de novo ao pavilhão os Sanjoanenses”, vinca, em declarações aos meios de comunicação da AD Sanjoanense.
Sem esconder o “orgulho imenso” por “voltar a uma casa que me acolheu e sempre me tratou bem”, Saúl Alves lembra que “há sete anos escrevemos uma página bonita” e ambiciona que “novas páginas se escrevam nos próximos anos” com o apoio de “uma massa associativa que dá tudo pelo clube”.
“A expectativa é, claramente, formar um grupo de trabalho com base nos atletas de S. João da Madeira, potenciar e incluir a formação no projeto dos seniores. Isso poderá trazer uma tranquilidade ímpar para o clube nos próximos anos”, explica, acrescentando que pretende “formar uma base forte e alargada de atletas da casa”.
Em termos de classificação, as expectativas passarão por “lutar para estarmos presentes na fase final”. Apesar das “dificuldades e particularidades desta divisão (ndr.: Campeonato Nacional da 2.ª Divisão)”, o técnico sustenta que “não podemos deixar de colocar esse objetivo, ter essa ambição”.
“O grupo tem atletas com qualidade suficiente para atacar esse objetivo. É uma vantagem ter atletas com qualidade técnica e potencial, mas sobretudo com valores e caráter. É este grupo com que conto e foi isso mesmo que lhes transmiti”, aponta Saul, que garante nunca ter definido um plantel “tão rapidamente”.
“O conhecimento ajudou imenso, mas não posso deixar de salientar o inexcedível trabalho do Fernando Ferreira e do Alexandre Tavares neste processo. Já podemos estar mais descansados antes da pré-época. Temos uma nova história para escrever, muito trabalho pela frente, porque o passado, por si, não nos vai trazer mais vitórias”, conclui.
