Sim! Chegou-se finalmente, “da operação do Marquês”,
À triste conclusão de que estávamos errados,
Ao pensar-se, face aos factos, apurados desta vez,
Que a corrupção é… ficção, e está excluída… dos pecados!
Possivelmente será institucionalizada;
Na versão de alguns cérebros, de decisão, mal tomados,
que ajustam seus princípios, de uma bizarria dada,
contra regras naturais, em crimes tão bem forjados.
As mentes de humanos justos devem ser pundonorosas,
De sãos princípios de hora, de bem, de honestidade,
Não mentes noutros sentidos – as tais mentes criminosas –
Que regem nossas condutas nos opostos à verdade!
Vai assim tão vil mundo este, à deriva da tormenta,
Em naus mal orientadas, em marés de devastação,
Muito além da barra amiga onde a vergonha rebenta,
Ondeando em vagas bravas, sem pejo só viciação!
Voltamos a recuar aos tempos órfãos de pais,
Em que a honestidade era sempre comprada a granel,
Com promessas vis, o horror, entre uns uis e muitos ais,
E a palavra dominante, mascarada de ouropel!
01Flores Santos Leite
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