Com a UNIR (nova rede de transportes públicos na AMP) a entrar em vigor, em S. João da Madeira, já a partir de novembro, o futuro profissional dos trabalhadores da atual empresa responsável pelo serviço, a Transdev, é uma incógnita.
A nova rede de transportes públicos da AMP entrará em funcionamento já a partir de novembro, renovando os serviços em todos os concelhos da AMP, integrando o Andante e custando, faseadamente, aproximadamente 312 milhões de euros, durante 7 anos.
Esta nova rede vai operar sob a marca única denominada UNIR, e acaba com um modelo de concessões linha a linha, que já vem de 1948. Esta abrange 430 linhas, e a apresentação dos autocarros terá uma imagem comum em todo o território, afigurando-se estes com as cores azul, preta e branca. De acordo com dados já fornecidos pela AMP, os números das linhas vão ter quatro dígitos, (ao contrário da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, STCP), seguindo uma lógica de atribuição por concelho, para cada um dos 16 abrangidos pela nova rede. S. João da Madeira vai ficar com o código de linha 14xx. Apesar da imagem comum, adotada pela UNIR, o território da AMP foi dividido em 5 lotes, cada um para ser explorado por uma empresa distinta, (das que participaram no concurso em 2020), e que vão substituir as empresas até agora responsáveis
O concelho de São João da Madeira está inserido no grupo “Sul Nascente”, do qual faz parte Santa Maria da Feira, Arouca, Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra, e que foi adjudicado à Xerbus do grupo Xerpa Mobility e Monbus, por 41,9 milhões de euros.
Neste seguimento, O ‘Regional quis apurar qual será o futuro profissional dos trabalhadores (motoristas, administrativos…) da atual empresa a operar o serviço, a Transdev, e que deixará em novembro o serviço. Bruna Pelarigo, gestora de comunicação da empresa, adiantou ao nosso jornal que “todos os trabalhadores da Transdev poderão estar tranquilos”, uma vez que “as suas condições laborais, emprego e antiguidade” serão “garantidos pela Transdev”, ou em “alguma eventual transferência que a empresa venha a ter de gerir”. Além disso, acrescentou que a empresa “não tem mais informações” do que a “informação que é pública sobre os novos operadores”. Relativamente à possibilidade de os trabalhadores terem mostrado interesse em começar a trabalhar para a empresa Xerbus, e se é um interesse partilhado pelos restantes trabalhadores, a gestora afirma que a empresa “não tem conhecimento específico das empresas ou setores onde antigos trabalhadores acabam por vir a desenvolver a sua atividade profissional”, enfatizando que o interesse dos trabalhadores da Transdev será “certamente partilhado oportunamente pelos seus representantes”. “A empresa será um garante da conformidade legal na defesa dos seus direitos”, concluiu.
Também abordada por O ‘Regional, a espanhola Xerbus, através do seu advogado, avançou que ainda irá “reunir dados específicos”, no que toca à mesma questão, dado que, de momento, não têm mais informação para “fornecer”. “Vou reunir durante esta semana e vou-me inteirar de várias coisas que estão pendentes, dentro das quais este tema”, destacou o profissional.
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