No passado dia 16 de dezembro realizou-se a ceia de Natal da Cruz Vermelha no (CFPIC). Esta iniciativa, que procura relembrar que ninguém fica esquecido nesta quadra natalícia, teve apoio parcial do Continente de S. J. Madeira e do Grupo Ferpinta.
A cedência do espaço por parte do Centro de Formação Profissional da Indústria e do Calçado (CFPIC), permitiu ao Centro Humanitário da Cruz Vermelha de São João da Madeira, após três anos, realizar uma nova ceia de Natal. Através desta iniciativa o Contro Humanitário consegue alimentar várias pessoas em situação de sem-abrigo, refugiadas, famílias isoladas e pessoas a viver em pensões, muitas vezes, sem possibilidade de confecionar comida quente. O primeiro passo para esta ideia foi dado em 2017. Ano da primeira ceia de Natal, como explicou Joana Correia, Diretora do Centro Humanitário, “sendo a Cruz Vermelha uma entidade marcadamente conhecida pela atribuição de cabazes alimentares, fez-nos sentido, alargar esta forma de ajuda a mais pessoas e de maneira mais especial”.
É por esse motivo que os beneficiários desta ação são recebidos com decorações alusivas ao Natal. Por forma, a proporcionar um ambiente acolhedor e confortável que lhes permita desfrutarem do jantar cuidadosamente preparado e servido por voluntários. Esta iniciativa que, para além dos voluntários da Cruz Vermelha, contou com a ajuda de algumas colaboradoras do CFPIC e de voluntários da Santa Casa da Misericórdia e do Banco Local de Voluntariado. E estas pessoas não estão lá apenas para cozinharem ou servirem as refeições, mas também, para criarem um ambiente divertido e de partilha. O que faz com que este se torne um momento de grandes emoções, basta estarmos atentos às movimentações, aos olhares, à entrada das pessoas, como referiu Joana Correia “E eu, que até sou uma despistada assumida, vi muitos sorrisos, caras satisfeitas e barrigas cheias. Só posso ficar muito feliz por poder fazer parte de um grupo de pessoas capaz de proporcionar esses sentimentos noutros seres humanos”.
Ainda assim, Joana lamenta que muitas das pessoas que iam a esta ceia de Natal continuam a marcar presença, o que na sua opinião comprova que a forma como atuamos socialmente pode não ser a mais eficaz. Para além disso, este ano houve um aumento significativo de migrantes de nacionalidade brasileira, que foram recebidos por todos de coração aberto. Isto porque, para a Diretora do Centro Humanitário o mais importante é que estas pessoas não se sintam “esquecidas, principalmente nesta quadra natalícia. Estamos aqui. Procurem-nos, caso queiram ou precisem”.
Francisco Teixeira