Os anos passam, as tradições podem até não ser o que eram, mas há coisas que nunca se esquecem. O Natal em família é uma delas. Com mais ou menos “fartura na mesa”, mas “sem exageros”. Fomos conhecer as tradições e memórias de alguns sanjoanenses.
Natal é a palavra mais ouvida por esta altura, não só nas mensagens que entopem os telemóveis, mas também no encontro entre pessoas amigas “se não nos virmos antes, bom Natal!”. A frase é obrigatória. Os jantares de Natal também continuam na moda. Os restaurantes estão cheios, desde o início deste mês, o que torna, muitas vezes, difícil encontrar um sítio para jantar.
”O Natal tornou-se há muito uma festa de consumo e o espírito de Natal até acaba por se perder”. Esta é a convicção de Ana Maria Silva, que releva a ´O Regional’ ter saudades do Natal em que não tinha muita “fartura”, mas tinha o essencial: “toda a família preparava este dia já de véspera. Todos contribuíam com aquilo que podiam. A noite era única e longa”. Esta sanjoanense, de 53 anos, acrescenta que viveu esta época do ano com presépios por toda a casa e a presença na missa do galo era quase que obrigatória. “Venho de uma família religiosa” e, por isso, “Natal era também a celebração de Jesus”. Ana Maria está desempregada. “Nunca fui de exageros. Vais ser um a época em família, sem exageros e com contenção, porque a vida assim o obriga.”
Por seu turno, o marido António Silva acrescenta que, apesar de não ter uma família numerosa, esta época sempre foi vivida com “muito sentimento e até emoção. Recordo-me que o Pai Natal, na altura, não tinha muitas possibilidades. Uma camisola ou umas simples calças era motivo de muita alegria para se mostrar na missa de Natal. A família esteve e continua a estar presente neste dia. Não abdico desta união familiar”, assegura.
Poderá ter acesso à versão integral deste artigo na edição impressa n.º 4015, de 19 de dezembro de 2024 ou no formato digital, subscrevendo a assinatura em https://oregional.pt/assinaturas/