Sociedade

Trabalhadores da Faurecia Metal pedem “igualdade” nos salários

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Trabalhadores da Faurecia Metal, em S. João da Madeira, voltaram a revindicar em plenário, junto da empresa, o aumento salarial, dando o exemplo da empresa do mesmo grupo Faurecia Moldado

A decisão da realização do plenário na Faurecia Metal, em S. João da Madeira, na última quinta-feira, dia 7, partiu dos delegados sindicais da empresa, na rua do Orreiro e do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro Norte (SITE-CN/CGTP), depois da direção da empresa e a administração do grupo Faurecia “ignorarem” as reivindicações dos cerca de 600 trabalhadores da empresa (Metal), que solicitavam um aumento salarial “justo e de igualdade”, comparativamente com outros trabalhadores do grupo.
A chuva intensa não impediu que mais de uma centena de trabalhadores da multinacional francesa se juntassem. Aglomerados no parque de estacionamento da empresa, exibiam faixas e cartazes, onde se liam mensagens como: ”É urgente o aumento do salário”, “Exigimos aumento na Faurecia Metal” ou, ainda, “Trabalhadores da Faurecia lutam por aumento do salário”.
Alzira Ribeiro, prestes a completar 64 anos, trabalha na empresa há 37 anos. “Continuo a receber o ordenado mínimo. É uma verdadeira injustiça”, principalmente, quando em causa está “desigualdade salarial”, numa empresa em que “exige muito todos os dias dos trabalhadores, trabalho muito duro e onde damos o nosso melhor, sem vermos qualquer recompensa ou igualdade, como acontece com outros trabalhadores do grupo”, assegurando que a “luta vai continuar uma vez que já nos foi dito que não se vão verificar aumentos”.
A reivindicação na Faurecia Metal começou, segundo a trabalhadora, há cerca de três meses, quando, em setembro, os colegas da empresa do mesmo grupo “Moldados” viram o ordenado ser aumentado. ”Chegar a esta idade e passar por uma situação destas de pura injustiça, é muito triste, principalmente quando estamos sempre disponíveis para tudo”, remata a trabalhadora.
Apesar de várias tentativas, mais nenhum trabalhador se mostrou recetivo para falar com ´O Regional’, alegando temer represálias.

Poderá ter acesso à versão integral deste artigo na edição impressa n.º 3966, de 14 de dezembro ou no formato digital, subscrevendo a assinatura em https://oregional.pt/assinaturas/
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