O evento, organizado pela Comissão de Festas com o apoio do Município, prometeu e entregou uma programação repleta de atividades religiosas e de animação, concentradas na zona da Avenida da Liberdade e no Jardim Municipal.
Contactado pelo ‘O Regional’, Adelino Calhau não se mostrou disponível para prestar declarações sobre as Festas da Cidade, contudo, em entrevista a ‘O Regional’, em 2021, o responsável pela Comissão de Festas há quatro décadas, recordou aquilo que tinha sido a receita para o sucesso até à data. “É ser muito bairrista e gostar muito da nossa terra. Eu já ando nesta vida há 40 anos e, todos os anos, sigo o mesmo ritual: na noite das festas, coloco-me no meio da estrada, cá embaixo, a olhar para a Casa da Criatividade e o meu ego fica cheio. Fica cheio porque é uma multidão, são milhares de pessoas.”, na cidade que disse ser “a melhor cidade do mundo”.
Aos 22 anos, recebeu um convite para o S. João, no Porto, tendo recusado porque acreditava que podia haver uma festa de S. João no município e em 1980 “assumi, no meio de toda a gente que estava no café, que para o ano seguinte ia haver festa e comecei a tomar medidas”, recorda em entrevista ao O Regional, em 2021.
Com uma ligação indescritível a S. João da Madeira, Adelino Calhau, referia na mesma entrevista que “S. João da Madeira é a melhor terra do mundo. Não a trocava por nada. Mas tem a fama de ser uma fraca mãe e uma boa madrasta. Se calhar também tem o proveito. Há muitas pessoas que, não sendo de S. João da Madeira, dão mais à cidade do que alguns Sanjoanenses. Há Sanjoanenses que se acomodam demasiado, que não têm atividade nenhuma. Se essas pessoas viessem para as associações era muito importante. Eu devo ser uma das pessoas mais ricas de S. João da Madeira, estou a falar na riqueza social.”, contudo com uma notável insatisfação pelo comodismo de alguns sanjoanenses.
Compartilhando reflexões sobre deixar uma marca na comunidade de S. João da Madeira, Adelino Calhau afirmou “Não, nunca pensei nisso. Quem sou eu para o meu nome ficar marcado em S. João da Madeira?”. Descreveu a si mesmo como um cidadão comum e um bairrista, e expressou o seu desejo de que todos os sanjoanenses compartilhassem essa mesma devoção. Ao longo dos anos, Adelino Calhau tem se dedicado às festas e à banda local, mas não com o objetivo de deixar um legado.