Apesar de todas as diligências, não há pistas, desde o dia 13 de fevereiro, sobre o paradeiro de Manuel Vieira da Silva, com 64 anos, residente em S. João da Madeira. A família não encontra explicação para o seu desaparecimento.
Manuel Vieira da Silva, de 64 anos, residente em S. João da Madeira, está desaparecido, desde o último dia 13 de fevereiro, depois de ter almoçado com familiares. Nesse dia, a família assegura que o homem esteve online, no whatsapp, às 15h48, e não encontram uma “explicação válida e concreta” para este desaparecimento.
Sem notícias, os familiares estão desesperados e, além da denúncia às autoridades, lançaram vários apelos nas redes sociais e têm-se desdobrado em buscas, para o tentarem encontrar.
De acordo com informação disponibilizada pela família, Manuel Vieira da Silva levou consigo apenas a carteira, documentação própria e o telemóvel, que, entretanto, passou a estar desligado, ao fim dessa tarde.
Joaquim Silva, um dos irmãos, contou a ‘O Regional’, que não fazem “ideia” do que terá acontecido. “São dias a mais, sem uma única pista que seja, e a judiciária também nada nos diz”. Conta que o pijama estava ainda na cama, a banca tinha loiça por lavar, a cama estava por fazer. “Um quarto perfeitamente normal, e até a janela estava entreaberta. Nada fazia prever que poderia ausentar-se, uma vez que até o carregador do telemóvel estava ligado à corrente”.
“Não temos suspeita de nada”
A família não encontra “absolutamente nenhuma explicação” para este desaparecimento o que “nos deixa ainda mais melindrados, porque não temos suspeita de nada”.
Joaquim Silva acrescenta: “desde o primeiro dia que pedi à polícia para investigarem o telefone dele, mesmo estando desligado, é possível o seu rastreio para localização. Os dias passam e a incerteza aumenta”.
O sanjoanense desaparecido passava “praticamente” todo o dia no estabelecimento comercial com o irmão Joaquim. “Nunca me apercebi que estaria a viver um processo depressivo ou que tivesse algum problema pessoal. Nada”.
No final de 2021, o sanjoanense, que foi um antigo emigrante em Angola, e encontrava-se a residir num alojamento local, em S. João da Madeira onde vivia em permanência.
Carlos Pinto do Carmo, Antigo Coordenador de Investigação da Policia Judiciária, explicou no programa Linha Aberta da SIC, que o desaparecimento deste sanjoanense “é um mistério e uma situação complicada”, que só com o tempo “se irá esclarecer de alguma maneira, uma vez que não parece ter havido planeamento”. Adianta mesmo que “poderá ter existido a intervenção de terceiros ou uma decisão que ele tomou, que ainda se poderá vir a perceber, se for localizado”.
O desaparecimento do sanjoanense foi comunicado pela família à PSP de S. João da Madeira. O caso está agora a ser acompanhado pela Policia Judiciária.