José Alberto Oliveira, responsável máximo pelos clubes rotários do centro e Norte do país, Governador do Distrito 1970 na terminologia rotária, fez, no dia 14 de outubro, a sua visita anual ao Rotary Club de S. João da Madeira.
Estas visitas anuais são uma oportunidade para o Governador contactar com a realidade local e para se inteirar da forma como os clubes interagem com a comunidade em que estão inseridos.
A visita iniciou-se com uma passagem pela empresa CYS (Choose Your Shoes - Escolha os seus sapatos), sediada na Zona Industrial das Travessas. Trata-se de uma empresa de calçado ortopédico que tem a particularidade de fabricar os sapatos por medida, em função das caraterísticas dos pés dos clientes. José Alberto Oliveira e a comitiva de membros do Rotary sanjoanense percorreram atentamente as várias secções da empresa, trocando impressões com elementos da gestão, da equipa técnica e operários. Dessa visita resultou a visão de uma empresa extremamente bem organizada, com equipas motivadas, de que resultam níveis de qualidade excecionais.
Seguidamente, a comitiva dirigiu-se à Câmara Municipal para um encontro com o presidente da Câmara, Jorge Sequeira. Foi uma reunião animada, versando temas diversos, mas centrando-se na colaboração entre o clube rotário e a Câmara Municipal, nomeadamente nos dois projetos em que o nível de interação tende a ser maior: a Universidade Sénior e o projeto “Sopa solidária”, ao qual a autarquia atribuiu, recentemente, um subsídio. Para além disso, foram passados em revista outros projetos e sugeridos alguns desafios que auguram novas áreas de colaboração. No final, o presidente da Câmara ofereceu ao Governador e a sua esposa um exemplar da obra “Unhas Negras”, de João da Silva Correia, retrato exemplar das duras condições de trabalho dos operários chapeleiros nos primórdios do século XX.
“Sopa solidária” e outros projetos
A visita prosseguiu já nas instalações da Universidade Sénior, onde estavam a ser embaladas as marmitas que, pouco depois, seguiram em direção à casa das quarenta pessoas carenciadas a quem se destinam. O projeto “Sopa solidária” mobiliza uma equipa de 15 voluntários, entre cozinheiras e equipas de distribuição. O Governador elogiou o magnífico trabalho desenvolvido por todos e deu particulares parabéns às cozinheiras, até porque teve oportunidade de provar a sopa que, segundo ele, “estava uma delícia”.
Depois, ainda nas instalações da Universidade, decorreu uma reunião de trabalho, em que foram abordados aspetos da vida do clube, incluindo os projetos anteriormente mencionados, e ainda o das bolsas de estudo, apoio às crianças e jovens do Centro de Acolhimento, apoio à reconstrução de uma casa a uma pessoa carenciada e ajudas pontuais a situações de carência.
“Rotary é família.”
A visita terminou com um jantar festivo em que de juntaram aos rotários sanjoanenses entidades oficiais e membros de onze clubes da zona. A tradicional troca de lembranças incluiu a oferta de um retrato do governador e esposa, pintado pelo companheiro Jorge Miguel, artista plástico e membro do clube, oferta muito apreciada pela qualidade e realismo da pintura. Também os artistas galegos Armando Martinez, escultor e sócio honorário do clube, e Chity Martinez ofereceram ao governador, à presidente do clube e à Câmara Municipal, na pessoa da vereadora Paula Gaio, um quadro em azulejo e duas esculturas.
A parte final do convívio foi reservada às intervenções. Falou, em primeiro lugar, em nome dos clubes presentes, o presidente do Rotary Club de Mirandela a afirmar a proximidade afetiva que o liga ao clube de S. João da Madeira. A vereadora Paula Gaio, enumerou o alcance dos vários projetos do clube, para concluir que “S. João da Madeira é um concelho pequeno, mas com um clube rotário grande em valores”. A presidente do clube, Inês Reis, confessou que ia “falar do coração, após um dia tão cheio de emoções. O que nos une é o facto de sabermos que trabalhamos em prol da comunidade sanjoanense e das causas de Rotary Internacional”. O último orador foi José Alberto Oliveira a lembrar que “Rotary é família, é a possibilidade de sentir alguém como família, pessoas que se juntam para fazer o bem. Somos mais de um milhão e quatrocentas mil pessoas em todo o mundo. Depois deste dia, levo daqui mais esperança. Há muitas coisas para fazer, na procura da paz, no fornecimento de água potável, no combate à pobreza… São as causas que nos movem. Juntos teremos um mundo em que as pessoas se unem para resolver problemas”.