Sociedade

Rostos sem Máscara, 40 - “Sou a mulher mais feliz atrás deste balcão. Nasci e cresci nisto”

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Trabalha com o marido na restauração, no centro de S. João da Madeira. Desde a adolescência que o contacto com o público faz parte do seu dia-a-dia e garante sentir-se uma “mulher realizada” entre os tachos e panelas.

Laura Sequeira cresceu atrás de um balcão e não troca aquilo que faz por nada. Mulher de sorriso fácil e contagiante, leva a sua profissão “com o maior rigor” e coloca o seu “bom gosto” em tudo aquilo que faz. Aos 50 anos, é o rosto principal no balcão da “Taberna do Zé”, em pleno centro de S. João da Madeira. Faz de tudo um pouco, apesar de ser casada com o patrão daquele espaço. A vontade é a mesma, quando confeciona as várias iguarias da casa, quando tira um café ou, se for necessário, a servir às mesas ou mesmo lavar loiça. “É um trabalho duro, mas já estou habituada. Tudo me dá prazer. Sou a mulher mais feliz atrás deste balcão. Nasci e cresci nisto”, assume, orgulhosa. A família desta sanjoanense tinha uma drogaria e Laura aprendeu, nessa altura, a lidar com os clientes. “A saber ouvir. É preciso dar atenção, mimar e valorizar os clientes, e fazer com que se sintam bem na nossa casa”. Gostava de ter ido mais longe nos estudos, mas a vida não lhe permitiu. “Queria ter sido contabilista, mas a minha mãe não gostava da ideia de eu sair da cidade para estudar”. Entrou em informática. “Acho que fiquei de tal forma marcada que, ainda hoje, não há dia que não ponha as mãos num computador,” sorri.

Ar­tigo dis­po­nível, em versão in­te­gral, na edição nº 3900 de O Re­gi­onal,
pu­bli­cada em 14 de julho de 2022

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