Durante muito tempo, as regiões do interior de Portugal enfrentaram desafios relacionados com a distância, a dispersão populacional e a menor oferta de serviços presenciais.
No entanto, a aceleração digital dos últimos anos tem vindo a inverter essa tendência, tornando-se uma ponte de acesso à modernidade, à inclusão e ao desenvolvimento sustentável.
Hoje, municípios do interior apostam cada vez mais na tecnologia para melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes e os resultados já são visíveis.
A proximidade digital ao serviço da comunidade
Com a digitalização dos serviços públicos, muitos cidadãos deixaram de precisar de se deslocar dezenas de quilómetros para tratar de assuntos burocráticos.
Autarquias como as de Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira ou Lourosa lançaram portais municipais com atendimento online, marcações, pagamentos e até acesso a documentos oficiais. Esta aposta em plataformas digitais permite poupar tempo, recursos e tornou os serviços mais inclusivos.
Além disso, muitos destes serviços têm, inclusive, linhas para os cidadãos, que oferecem apoio por videochamada para ajudar a usar os vários serviços online disponíveis nos portais. Sendo que, em certos serviços, pode-se agendar uma videoconferência para ser acompanhado e esclarecer dúvidas. Acabam também por ser um complemento na atividade municipal das entidades locais.
Comércio local e transição digital
Outro fenómeno em destaque é a digitalização do comércio local. Muitos pequenos negócios, especialmente ligados à produção regional, descobriram no online uma nova forma de escoar os seus produtos.
Em localidades como Ovar ou Arouca, mercearias, lojas de artesanato e produtores de fumeiro e queijos criaram lojas virtuais e aderiram a marketplaces portugueses.
Esta abertura ao digital permitiu alcançar novos mercados, incluindo emigrantes portugueses, e garantiu a continuidade de negócios familiares que, de outra forma, estariam ameaçados.
Mais do que sobrevivência, a digitalização tornou-se uma ferramenta de valorização e expansão do tecido económico local.
Educação à distância e novas competências
A formação online também ganhou terreno. Centros de formação e instituições de ensino superior com pólos no interior passaram a apostar em modelos híbridos e plataformas de ensino à distância. Isto permitiu a muitos adultos conciliarem a vida profissional com o reforço das suas qualificações, sem necessidade de se deslocarem aos grandes centros urbanos.
O digital, neste contexto, não substitui a presença, complementa-a. Em muitas aldeias, os familiares ajudam os pais a navegar pelos sites da segurança social ou os avós aprendem a marcar uma consulta com um clique. A literacia digital tornou-se importante e uma nova forma de coesão.
O digital no dia a dia: entre o essencial e o tempo livre
A digitalização das regiões do interior tem sido, acima de tudo, uma ferramenta para aproximar pessoas, serviços e oportunidades. Esta nova realidade permite poupar tempo. Tempo esse que muitos têm aproveitado para explorar novas formas de ocupação e lazer digital.
Seja ao final do dia ou durante o fim de semana, o acesso à internet trouxe consigo novas formas de entretenimento, agora ao alcance de qualquer um, mesmo em localidades mais remotas.
A par da televisão e da rádio, ganham espaço os podcasts, os jornais digitais, os concertos transmitidos online e até plataformas interativas que permitem jogar, aprender ou simplesmente descontrair.
Neste cenário de transformação dos hábitos culturais, também os serviços de recreação passaram a ganhar destaque, onde se inserem as plataformas com casino online de Portugal, com catálogos de slots, jogos de mesa e crash games, que replicam a essência desta área.
E agora?
Nas regiões do interior, o digital é mais do que conveniência. É ferramenta de inclusão, é oportunidade económica, é motor de mudança. E quando se alia à identidade local, torna-se também um caminho de futuro, ajudando no presente.