
“Esta intervenção irá permitir reabilitar um imóvel que se encontra sem utilização e adaptá-lo para reforçar o parque de habitação pública no nosso território”. É assim que, em declarações a ´O Regional´, o presidente da Câmara, Jorge Vultos Sequeira, se refere à empreitada de conversão para habitação do edifício onde funcionou o Núcleo do Sporting de S. João da Madeira, na Rua Gago Coutinho.
Depois de o concurso público ter ficado deserto, a obra acabou por ser adjudicada na última sexta-feira, às “Construções Pardais – Irmãos Monteiro, Lda”, pelo valor de 469.129,85 euros, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito do 1° Direito, programa a que a autarquia também havia já recorrido para adquirir o imóvel, em 2024.
Com a aquisição deste imóvel, num primeiro momento, e com a obra que agora se vai iniciar, a autarquia assume que está a promover uma maior coesão social no território sanjoanense e a responder à falta de habitação acessível, um dos principais problemas que o país enfrenta.
Seguir-se-á a assinatura do contrato entre o empreiteiro e a Câmara Municipal de S. João da Madeira, o que está previsto que aconteça na próxima semana, por forma a permitir o arranque dos trabalhos. O prazo de execução da obra é de 270 dias.
Dificuldade em encontrar empreiteiros
“É uma excelente notícia para a nossa cidade que, apesar da dificuldade geral de encontrar empreiteiros, tenhamos encontrado uma boa solução para a concretização desta obra, através da adjudicação à empresa que já está também a construir outro empreendimento municipal no âmbito do programa 1.º Direito, em S. João da Madeira”.
Essa outra obra que já está no terreno consiste na criação de 12 novos fogos através da requalificação e transformação de dois imóveis que se encontravam devolutos na Rua Oliveira Júnior e na Rua Conde Dias Garcia.
Os apartamentos que serão construídos neste âmbito vão “contribuir para fixar população em S. João da Madeira, fixar mão de obra para as empresas sanjoanenses e criar condições para as pessoas terem uma habitação digna no quadro do arrendamento social”, afirma o chefe do executivo ainda em declaraçoes a ´O Regional’.
“A habitação é a principal medida de apoio social que se pode conceder a uma família, mudando estruturalmente a sua vida, por isso, o investimento nesta área tem estado nas nossas prioridades”, assinala.
O autarca entende ainda que estas intervenções têm igualmente um “impacto positivo na regeneração da paisagem urbana em importantes zonas da cidade, pois implicam a recuperação e valorização arquitetónica de prédios que se encontravam sem uso e em processo de degradação”.

