Durante anos, os utilizadores do skate park, localizado na Praça Barbezieux, apresentaram reclamações à Câmara Municipal de S. João da Madeira sobre a degradação do chão e das rampas que constituem o espaço. Em causa está a qualidade e segurança
Depois de remodelado já múltiplas vezes, praticantes da modalidade de skate reclamam (há largos anos) sobre as condições que apresenta o atual recinto do Parque Radical da cidade. Guilherme Guedes, de 18 anos, salienta que “está completamente degradado, especialmente o piso e as rampas. O chão nunca foi alvo de remodelações, sendo isto uma das coisas mais importantes para a qualidade e segurança de um skatepark. Estraga também o equipamento e peca na nossa segurança. Um piso destes magoa mais porque é muito áspero”. Num desporto considerado radical como o skateboarding e mesmo o BMX, todos os cuidados são poucos. É comum os ferimentos dos desportistas e, por isso, os recintos devem ser equipados de medidas de segurança para minimizar estas lesões, apela Guilherme Guedes, acrescentando “ainda há uma semana atrás, um colega meu, magoou-se devido a um buraco que se encontrava numa rampa, esfolando os braços e costelas, tendo acabado por partir também um braço no asfalto. Algo que poderia ter sido evitado ou pelo menos ter sido uma experiência menos dolorosa se o skatepark estivesse em condições”.
Foi no verão do ano passado, que a instalação das famosas vespas asiáticas, aconteceu através de uma fissura que uma das rampas tinha, acabando por criar um ninho lá dentro, o que levou ao impedimento das pessoas poderem usufruir do parque radical, em tranquilidade. “Coisas que têm de ser monitorizadas para que não aconteçam. Algo que não é feito. A Câmara de S. João da Madeira não liga a este skate park, o que é uma pena”, lamenta Guilherme Guedes, praticante de skateboarding.
Bruno Aleixo, de 26 anos, frequenta o parque radical há cerca de oito anos. A proximidade ao local onde mora e as memórias e convivência com as pessoas que conheceu, são razões que o fazem continuar a frequentar o recinto. Sem motivos vastos e com apenas dois fatores que o agarram ao centro da Praça Barbezieux, o desportista confessa “o skatepark não é nada apelativo para frequentar como era antigamente”.
A crescente popularização do skate tem vindo a ser notória, em consequência dos jogos olímpicos e dos vários campeonatos a serem desenvolvidos no mundo e Portugal não esconde a sua admiração pela modalidade. “O skate neste momento está ainda mais popular e é uma pena a câmara não investir nisso, pois seria um bom lugar para os jovens frequentarem, fazendo com que cresçamos como pessoas. Aprendemos a ajudar os outros. Também aprendemos com os erros e resiliência onde caímos mas voltamos a levantarmo nos. Sou a favor da ideia de que se o skatepark fosse mais bem aproveitado traria mais visibilidade a S. João da Madeira”, acrescenta Bruno Aleixo.
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