Sociedade

Personalidades dão voz a quem não a tem!

• Favoritos: 35


A iniciativa contribuiu para a sensibilização e visibilidade das Ações de Luta contra a pobreza e a exclusão social, através de uma exposição e discursos adaptados por entidades com responsabilidade na sociedade civil.

As comemorações do Dia Internacional da Erradicação da Pobreza, anualmente celebrado a 17 de outubro, foi assinalado na Casa da Criatividade, em S. João da Madeira, na última segunda-feira, com a apresentação da exposição de fotografia “Trilhos de Rua”, e com a leitura de discursos adaptados a seis entrevistas, realizadas pelo Trilho - Unidade de Apoio a Toxicodependentes e Seropositivos, em 2020.
O desafio partiu do Núcleo Planeamento Inserção Sem Abrigo (NPISA), da Misericórdia de S. João da Madeira, que voltou a apresentar uma exposição que mostra a realidade de seis sem-abrigo, que permitiram fotografar os locais onde pernoitam, compartilharam conhecimentos, histórias, emoções, sonhos que não concretizaram, e que poderão nunca acontecer.
Um dos momentos altos desta cerimónia foi a adaptação de vozes de entidades com responsabilidade na sociedade civil que, de voz muitas vezes embargada, aceitaram o desafio. Paula Gaio, vereadora da Ação Social e Inclusão e da Habitação da Câmara Municipal, Rodolfo Andrade, presidente de junta, Fernando Mendonça, diretor da Segurança Social de Aveiro, Miguel Paiva, diretor do Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, Paulo Diz, diretor do Agrupamento dos Centros de Saúde Entre Douro e Vouga II e Hélder Andrade, comandante da Polícia Segurança Pública de S. João da Madeira deram voz aqueles que nem sempre a podem ter.
As imagens da exposição mostram uma realidade menos “glamoroso” da cidade, e pretende dar resposta à pergunta: “há sem-abrigo em S. João da Madeira?’. Branca Correia que representa o NPISA, cuja entidade coordenadora é a Santa Casa de S. João da Madeira, na sua resposta social Trilho, assegurou que a exposição “não pretende ser de todo voyeurista ou explorar a miséria humana, pretende, antes, dar a oportunidade de mostrar uma outra forma de viver, de saber como é estar na situação de sem-abrigo, do ponto de vista dos protagonistas principais. Pretende ser um “statement” destas seis pessoas que aceitaram falar de si, da sua condição de sem-abrigo e permitiram, ainda, serem fotografadas nos locais onde pernoitam. Falaram da sua primeira noite de rua, dos seus receios, dos seus sonhos, daquilo que acham ser a opinião dos outros sobre “os sem-abrigo”..., explicou.

35 Recomendações
95 visualizações
bookmark icon