Os pedidos de ajuda alimentar de famílias sanjoanenses estabilizaram nos últimos meses, apesar da percentagem ter sofrido um aumento “muito significativo” no último ano. Autarquia e entidades dizem-se “preparadas” para os efeitos que podem surgir.
Desde o início da pandemia, multiplicaram-se os pedidos de ajuda alimentar em Portugal. O desemprego parece ser a principal causa da carência das famílias beneficiadas. Se antes da pandemia os pedidos eram, na sua maioria, provenientes de pessoas com o Rendimento Social de Inserção (RSI) ou reformados, neste momento, os que chegam à Câmara de S. João da Madeira e instituições são, essencialmente, de pessoas que perderam o emprego e que nunca se imaginaram a passar por esta situação.
Na Cruz Vermelha de S. João da Madeira (CV), o número de pedidos de ajuda não tem vindo a sofrer grandes alterações desde dezembro de 2020. Aquilo que a instituição verificou foi “um aumento muito significativo no último ano. Temos, obviamente, mais famílias que em abril do ano passado, mas não temos mais do que em dezembro, por exemplo”, refere a diretora da delegação da CV, em S. João da Madeira.
Joana Correia assume que existiu “um aumento durante o ano passado”, mas foi “estabilizando, até porque existem tetos máximos para o apoio. Não podemos propor-nos apoiar mais pessoas do que aquelas que temos capacidade para apoiar”. A instituição está, atualmente, a apoiar com alimentação cerca de 60 famílias.
Esta responsável assume ainda que, atualmente, tem sido possível, “felizmente”, à CV ter capacidade para dar resposta com “dignidade, através dos cabazes alimentares que distribuímos mensalmente”. Tem sido possível ainda “abastecer com regularidade os frigoríficos solidários da cidade. Fazemo-lo através dos donativos semanais do Continente, e com o valor atribuído pelo município todos os meses a cada instituição”, refere Joana Correia.
Artigo disponível, em versão integral, na edição nº 3834 de O Regional, publicada em 11 de março de 2021.