Os parques infantis de S. João da Madeira estão em más condições físicas e são em número reduzido, é o que nos relata a Munícipe e avó, Cristina Resende, assim como outros utilizadores destes espaços com quem ‘O Regional’ esteve à conversa.
O município, após ser questionado relativamente a esta realidade, alega estar “a par da situação”, e que já está a ser pensado um projeto “alternativo” e “complementar”, no Parque do Rio UL, para a instalação de novos equipamentos infantis, uma vez que nesse local não existe qualquer apetrecho com essa finalidade.
Cristina Resende, munícipe e avó, entrou em contacto com O Regional para mostrar o seu descontentamento com as condições físicas em que se encontram alguns equipamentos de diversão infantil existentes na cidade, e também pelo facto de estes serem insuficientes. “O parque da Nossa Senhora dos Milagres está muito bem”, começou por referir, acrescentando que, “neste momento”, lá se juntam muitas famílias com crianças, porque é o “único bonzinho que há na cidade”. Reparou, logo de seguida, que essa não é a realidade no Parque Infantil situado no Parque Ferreira de Castro, local que também frequenta com o seu neto. Esse espaço, “junto do Café Poeta”, segundo munícipe, “só” tem “1 escorrega deteriorado” e “1 suporte de baloiço”, que está “partido há muito tempo”, e não apresenta “os baloiços”. No entanto, a cuidadora notou, indignada, “será que com tanto espaço junto ao café, não se poderia também criar uma melhor área infantil”, com “mais equipamentos para a alegria da criançada”. Deu também o exemplo do “Parque da Cidade (Rio Ul)”, que “tem uma área muito grande relvada”, assim como “árvores a fazerem sombra para piqueniques”, mas sem espaço de recreação para “as crianças que por lá circulam com as famílias”. Apelou, de seguida, para que município procedesse à colocação de “baloiços, escorregas com escadas e passagens aéreas”, pedido que espera ver “analisado” e “se possível concretizado”. “Não há lá nada para as crianças brincarem a não ser a relva para correrem”, completou Cristina Resende.
Para apurar como se posicionam mais munícipes sobre esta situação deslocamo-nos ao Parque do Rio Ul. No local, a munícipe Sandra Soares, encontrava-se a festejar o aniversário da sua filha, com um grupo de crianças. A progenitora confessou que apenas frequenta esse parque, e que seria “muito bom” se esse espaço estivesse apetrechado com equipamentos para a diversão dos mais pequenos, uma vez que “ao domingo está tudo cheio de gente”. “Isto é muito grande, tem muito espaço, podiam aproveitar para construir algo.”
Ao chegar ao parque Ferreira de Castro, junto ao Café Poeta, cruzamo-nos com outra avó Ana Almeida, de 65 anos, que também mostrou a sua indignação. “Desmontaram metade deste parque aqui em baixo… tinha escorrega e baloiços e era bastante utilizado”. Pela descrição da entrevistada percebemos que quando o parque infantil próximo do Café Poeta “estava cheio”, as crianças dirigiam-se para o que se situava mais abaixo, que acabava por colmatar as necessidades dos utilizadores. “O Parque da Nossa Senhora dos Milagres” apesar de ser “uma maravilha”, fica “longe da Mourisca”, admitiu a sexagenária, propondo que a solução seria construir um parque infantil perto desse bairro, uma vez que é a casa de “muitas crianças”. A munícipe, que habita perto da Churrasqueira da Mourisca, também alertou para a situação dos espaços verdes que, no seu entender estão “uma selva”, pois a câmara limpa “uma vez por mês”, e não respondem aos apelos dos moradores que “ligam” para virem assear.
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