A falta de casas de banho, bebedouros e muito lixo espalhado pelo chão são alguns dos transtornos de quem passa pelo Parque Ferreira de Castro, e com os quais já lidam há vários anos.
O Parque Ferreira de Castro, localizado na Mourisca, foi dotado logo aquando a sua criação, há 50 anos, de equipamentos de apoio (casas de banho, bebedouros, parque infantil). Em meados da primeira década deste século beneficiou de obras de requalificação passando a dispor de campo de futebol e basquetebol, e equipamentos de recreio e fitness. Contudo, há medida que os anos foram passando, até à atualidade, alguns problemas foram surgindo, os WC fecharam porque eram sistematicamente vandalizados, a iluminação noturna não é a melhor, (tendo existido situações de violação e assédio sexual), não existem bebedouros, o ginásio existente está degradado e em vias de cair, o perímetro do parque não é limpo com regularidade, além dos campos de futebol e basquetebol e as obras de arte existentes apresentarem sinais de degradação.
“Do que me apercebo as pessoas que frequentam este parque utilizam as casas de banho do Café Poeta”, começou por contar a 'O Regional' uma cliente, que pediu para não ser identificada.
A mesma testemunha salientou que a entrada para os lavabos existentes sempre foi “um bocado escura”, tendo já ocorrido “situações um bocadinho estranhas”, incluindo “abuso sexual, há 4 ou mais anos”. “Depois temos a canalhada” que vai lá para cima “fazer asneiras”, e “utilizam aquilo para tudo menos para o que devem”. Entretanto “fecharam as casas de banho”, continuou, mas antes de o Município fazer obras eram “os funcionários do Café Poeta que tinham as chaves”, todavia a partir daí “as pessoas começaram a usar os wc do café”. “O que me mete mais confusão é mesmo o bebedouro não estar a funcionar”, isto porque, as crianças vão para as imediações brincar e acabam por “pedir aos funcionários do café para lhes encher as garrafas”. A entrevistada, apesar desta aparente alternativa ao bebedouro, alertou que “como as torneiras são baixas”, e não dá para posicionar a garrafa “corretamente”, originando muito “desperdício de água”, que acaba “no chão”.
“Faz me mais Confusão o lixo e não haver bebedouro do que o resto”
A usuária continuou o seu relato confessando que o Ferreira de Castro “é um parque que recebe muitas excursões”, e que “por muitos cuidados que se tenha” há “sempre papeizinhos” e outros detritos, motivo pelo qual considera que deveria ser limpo mais regularmente. No mesmo dia em que O Regional esteve in loco a realizar esta reportagem encontrava-se uma equipa municipal a limpar o mesmo, situação que segundo a entrevistada foi “anormal”. “Vieram limpar porque houve muitas reclamações, isto simplesmente não é limpo”. “Eles vêm cá cortar a relva passam o soprador e acabam por sujar tudo, e se formos pedir para terem atenção ainda somos capazes de levar uma resposta torta, mas não são todos apenas algumas equipas”, denota. O Regional registou queixas de munícipes que davam conta de seringas e outros detritos no terreno do Parque e também a já as já referidas situações de violação e assédio. “Houve uma altura, para aí há 7 ou 8 anos, em que eu vinha para aqui com os meus filhos”, confessou a cliente, no entanto, logo depois “começaram a desmazelar ao nível do lixo” pois começou a constatar-se que ficavam “garrafas e copos no meio do parque” e “lixo de supermercado dos lanches”.
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