Sociedade

“Os bairros estão esquecidos”

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Para a maioria dos entrevistados pelo jornal ‘O Regional’, residentes no bairro de Fundo de Vila, o Natal significa família e convívio. No entanto, há aspetos que gostariam de ver melhorados numa época que se diz ser a mais mágica do ano.

Numa das zonas do bairro de Fundo de Vila, onde se pode observar uma árvore de Natal, é comum ver pessoas em movimento junto ao ‘Ideias Café’ e dentro do próprio estabelecimento. “Os bairros estão esquecidos. Está tudo enfeitado, exceto os bairros de S. João da Madeira”, opinou o gerente de há cerca de quatro anos do café, Rito Magalhães. “Tenho orgulho nos bairros. Eu próprio cresci num e acho que poderiam fazer mais por eles, até porque a maior parte das pessoas vivem nos bairros”, observou. À semelhança de outros estabelecimentos nesta altura do ano, o café de Rito Magalhães está enfeitado com as típicas luzes natalícias. “Aqui pus as minhas luzinhas; por exemplo, a rotunda aqui à frente foi decorada por uma associação. Infelizmente, não são capazes [referindo-se à Câmara Municipal de S. João da Madeira] de meter ali uma luz”, lamentou. “Quem diz aquela rotunda, fala de outras. Uma árvore de Natal é uma lembrança natalícia e até aí tudo bem, mas podiam criar algo nas rotundas ou colocar um ponto de entrada qualquer [para os bairros] a piscar… o pouco que pudessem fazer era bem-vindo para os bairros”, descreveu, acrescentando: “Poderiam dar mais um bocadinho de atenção aos bairros; afinal, fazem parte de S. João da Madeira.”


Nesta altura natalícia, Rito Magalhães costuma dar um miminho de chocolate aos seus clientes e a quem visita o café. Habitualmente, antes da consoada, o estabelecimento costuma estar aberto até às seis horas da tarde. “Faço a minha parte. A malta junta-se, mas se o ambiente [alusivo ao Natal] fosse mais bonito, as pessoas conviviam e saíam mais”, declarou o gerente do ‘Ideias Café’. De igual forma, Rito Magalhães destacou o significado verdadeiro do Natal: o convívio familiar. “Quando perdemos os nossos pais ou familiares próximos, o espírito de Natal também se perde. A magia da época não é a mesma; cabe-nos continuar as tradições”, apontou.

Poderá ter acesso à versão integral deste artigo na edição impressa n.º 4015, de 19 de dezembro de 2024 ou no formato digital, subscrevendo a assinatura em https://oregional.pt/assinaturas/
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