A autarquia deu a conhecer a moradores e comerciantes o que prevê para a obra de requalificação da Avenida do Brasil. Eliminar o separador central, requalificar passeios, plantar árvores ou criar uma praceta são algumas das intervenções previstas.
A reabilitação da Avenida do Brasil foi anunciada em setembro do ano passado, numa reunião camarária onde o presidente do município, Jorge Sequeira, considerou ser o momento de olhar para uma via “há muito esquecida” e requalificar “uma entrada importante da cidade, com muito comércio e habitação” e sujeita a “uma grande pressão e procura”. Na ocasião, o autarca destacou tratar-se de uma “intervenção de fundo” que irá projetar “uma avenida para as próximas décadas”, “readaptada para toda a problemática do trânsito de peões e alterações climáticas”.
Para levar a empreitada por diante, estimada em três milhões de euros, a autarquia contratualizou um empréstimo. O projeto obteve já visto do Tribunal de Contas. Na passada terça-feira, 2 de abril, a câmara apresentou aos comerciantes e moradores da Avenida do Brasil uma proposta de intervenção nessa artéria, numa sessão “muito participada”, relata Cátia Cardoso ao jornal “O Regional”. “Destaco o sentido democrático da Câmara Municipal ao promover a sessão de apresentação do projeto a moradores e comerciantes, é muito pertinente que sejam ouvidas as pessoas antes de se avançar com as obras”, afirma a moradora, que considera a obra “urgente e prioritária”. “Basta percorrer a avenida para o compreender: passeios sem condições e uma profunda degradação do início ao fim da rua. É muito desconfortável andar na Av. do Brasil atualmente, seja de carro ou a pé”, constata.
Na sessão que decorreu no salão nobre, moradores e comerciantes ficaram a conhecer o que está pensado para aquela via. O separador central vai ser eliminado e a via terá uma faixa de trânsito em cada sentido, prevendo-se o alargamento dos passeios, a reorganização do estacionamento e a plantação de árvores. O projeto prevê também a eliminação da rotunda junto à padaria Jardim e a elevação da passadeira para quem vira à direita (em direção à escola das Fontainhas). A rotunda oval no cimo da rua será “encurtada” para facilitar a fluidez do trânsito e o troço da avenida entre a linha do comboio e o quiosque junto às piscinas deverá passar a ser de sentido único. Cátia Cardoso encara o projeto com “bons olhos”, acredita que a “sua concretização irá dignificar não apenas a avenida como toda a cidade” e destaca uma das alterações que considera mais significativas. “A criação de uma praceta perto dos campos de ténis, com novo arruamento em direção ao ciclo (com mais segurança) é, do meu ponto de vista, a novidade mais interessante deste projeto e talvez com maior potencial em prol da utilização aprazível do espaço público”, realça.
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