Sociedade

Município no Top 3 na recolha seletiva de biorresíduos

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De acordo com a ZERO, S. João da Madeira é um dos poucos municípios que escapa ao quadro generalizado de “desempenho insuficiente” a que se assiste em Portugal no que diz respeito à recolha dos biorresíduos alimentares.

Estar entre os concelhos que melhores resultados apresentam na recolha de biorresíduos é “um importante sinal de que o caminho que S. João da Madeira está a seguir está a produzir resultados concretos”, disse ao nosso jornal José Nuno Vieira, vice-presidente da Câmara, numa reação ao facto de o Município estar no TOP 3 nacional no que se refere ao envio para valorização de resíduos urbanos biodegradáveis (nomeadamente restos alimentares e pequenos verdes).
A comunidade sanjoanense está, assim, “na linha da frente da promoção da sustentabilidade ambiental”, salienta ainda o vereador, que é o responsável pela área do Ambiente na autarquia de S. João da Madeira, lembrando que esse trajeto começou em 2018, refletindo “uma mudança de paradigma” nesse setor, tendo como “medida estruturante” a aposta da edilidade na recolha seletiva porta a porta, “através da entrega gratuita em moradias - e mais recentemente em habitação coletiva até 4 pisos - de contentores para deposição de papel e cartão, plástico e metal, vidro e resíduos indiferenciados”.

Mais de 2000 pontos de recolha no concelho

S. João da Madeira é, de acordo com a associação ambientalista ZERO, um dos municípios que escapa ao quadro generalizado de “desempenho insuficiente” a que se assiste em Portugal no que diz respeito à recolha dos biorresíduos alimentares, que é obrigatória por lei desde 1 de janeiro de 2024 e que “deveria tornar-se uma prioridade absoluta para tentar minimizar a situação e cumprir com a legislação europeia”. Essas conclusões têm por base uma amostra de municípios selecionados a partir das melhores performances registadas nos dados do Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal, e tem em consideração o modelo de recolha adotado.
Assim, nesse ranking elaborado pela ZERO, S. João da Madeira fecha o “pódio”, ficando apenas atrás de Guimarães e do Seixal. O top 5 completa-se com Maia e Ourique, todos com capitações de 90 kg ou mais no que concerne à recolha de biorresíduos. segundo a informação disponibilizada “os dados recolhidos mostram que as cidades que optaram pelo modelo de recolha Porta-a-Porta (PaP) obtiveram resultados muito acima da média; em muitos casos, com resultados que são o dobro dos obtidos noutros sistemas, como é o caso dos contentores castanhos de proximidade”.
No caso de S. João da Madeira, e tendo como referência o ano de 2024, a ZERO específica que “foram recolhidas 407 toneladas de biorresíduos alimentares para 20% da população (aderentes à recolha PaP dos biorresíduos)”. Essa “fileira” da recolha porta a porta foi iniciada pela autarquia sanjoanense em finais de 2022, “abrangendo, atualmente, mais de 2000 pontos do concelho, designadamente habitações unifamiliares, estabelecimentos de restauração, escolas, IPSS e empresas”.

“Compromisso com as boas práticas ambientais”

Olhando ao que tem sido feito na área ambiental nos últimos anos em S. João da Madeira, o vice-presidente da Câmara assinala que, “com a colaboração dos munícipes”, a quantidade de resíduos enviados pela autarquia para reciclagem “tem crescido ano após ano, enquanto a produção de resíduos indiferenciados tem diminuído”, Esse é um caminho que, acrescenta José Nuno Vieira, vai “ao encontro” das determinações da entidades nacionais e europeias, “refletindo o compromisso do município com as boas práticas ambientais”.
Para o vice-presidente, “esta posição de S. João da Madeira no Top 3 do ranking nacional de recolha seletiva de biorresíduos é também um incentivo para que a comunidade sanjoanense continue a contribuir para que a nossa cidade seja cada vez mais sustentável e continue a ser um exemplo no nosso país no que se refere a boas práticas ambientais”. José Nuno Vieira adianta que é “necessário prosseguir” nessa direção, “pois, mesmo com os bons resultados já alcançados, ainda há muito para evoluir, e esse é o nosso foco”.

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