Sociedade

Município liga “radar social” para reforçar a deteção de situações de vulnerabilidade e a capacidade de resposta

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A iniciativa visa desenvolver em S. João da Madeira uma rede de “sensores” para sinalizar casos de carência, muitas vezes “invisíveis”, que necessitem de intervenção por parte das entidades competentes. É “mais um instrumento para que a resposta social no concelho possa ser ainda mais precisa, eficaz e rápida”, afirma o presidente da Câmara, Jorge Vultos Sequeira.
“Nós temos em S. João de Madeira uma rede social fantástica”, que dispõe de “muitos instrumentos de apoio às pessoas vulneráveis”. As palavras são do presidente da Câmara Municipal e foram proferidas na recente sessão de apresentação do projeto Radar Social, que vem reforçar a capacidade de sinalização e de resposta relativamente a situações de carência que se verifiquem no concelho e que “precisam de acompanhamento”.
A iniciativa visa, entre outros aspetos, desenvolver em S. João da Madeira uma rede de “sensores” que permita detetar problemas sociais, muitas vezes “invisíveis”, que necessitem de intervenção por parte das entidades competentes. “Este projeto visa ser mais uma ferramenta e mais um instrumento para que a resposta social no concelho possa ser ainda mais precisa, eficaz e rápida”, afirmou Jorge Vultos Sequeira.
Contando com financiamento de cerca de 169 mil euros do PRR,este projeto municipal assenta, como foi explicado na sessão de apresentação, no desenvolvimento de um trabalho de parceria, de cooperação e de referenciação dos problemas de pobreza e exclusão social do concelho, em complementaridade com a rede social local e de forma a promover a ativação de respostas e a otimização de recursos.

Trabalho em curso

Numa primeira fase, já concretizada nos últimos três meses, o trabalho realizado no âmbito do Radar Social incidiu na atualização do diagnóstico social de S. João da Madeira, do Plano de Desenvolvimento Social e do respetivo Plano de Ação. Esses documentos “já foram aprovados nos órgãos competentes, no Conselho Local de Ação Social, na Câmara e também na Assembleia Municipal”, revelou o autarca durante a cerimonia de apresentação que decorreu na última semana na autarquia.
Segue-se – ao longo de 24 meses – a implementação de um sistema integrado de Georreferenciação Social que identifique pessoas, famílias e grupos em situação de vulnerabilidade social e/ou em risco de pobreza e exclusão social, sendo que este projeto dará especial atenção a casos que se reflitam em situações de “solidão, em dependências (álcool, drogas, jogo, outras), em comportamentos de risco, em carências habitacionais e na privação de alimentação, medicação ou vestuário”.
Nesse sentido, é usado um modelo de intervenção comunitária e de desenvolvimento local de proximidade que incide na “prevenção, informação e sensibilização, na avaliação preliminar, na referenciação e encaminhamento célere, na georreferenciação de pessoas, grupos, famÌlias, recursos, na concretização de respostas e soluções e na capacitação de recursos”, como foi revelado nesta sessão de apresentação do Radar Social, na qual participou ainda a vereadora da Ação Social, Paula Gaio, e técnicos municipais desse setor.
Dada a dimensão dessa missão, o trabalho envolve um conjunto diversificado de entidades, que são parceiras do Município, entre as quais a  Segurança Social, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, o Ministério Público, o Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem Abrigo de S. João da Madeira, o Espaço Aurora, o Núcleo de Garantia para a Infância, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, a Proteção Civil, o Banco Local Voluntariado,  IPSS, empresas e comércio local.

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