Sociedade

Moradores revoltados com donos de animais de estimação

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Acusam donos de animais de companhia de “desleixo” por estes urinarem junto de lojas comerciais, na Rua Combatentes da Grande Guerra. O mesmo acontece na Rua João de Deus que, além dos animais, as paredes servem de urinol para muitos adultos.

“A qualidade de vida das cidades depende, não só do poder municipal, mas também das pessoas que nelas residem”. A garantia é de Carla Alves, empresária na rua dos Combatentes da Grande Guerra que diz lidar “diariamente” com o “desleixo”, por parte de alguns dos donos de animais, que vão urinar na entrada do seu estabelecimento.
“Vêm passear os animais a qualquer hora, esteja chuva ou sol, e permitem que o animal, que não tem culpa, marque o seu território nas paredes e no chão da minha loja”, desabafa. Indignada pela “falta de civismo” dos donos dos animais que, “em plena luz do dia e eu dentro da loja fazem como se eu não estivesse ali”. Carla diz ter chamado à atenção de um morador que passeava os animais, mas que as suas palavras “foram ignoradas. É como se eu fosse transparente”. A situação parece arrastar-se no tempo. “Estou nesta loja há 6 meses. Já saí da outra por causa das pombas e, agora, deparo-me com esta situação dos animais” que, repete, “não têm culpa”.
A comerciante refere já ter alertado a autarquia, e a própria PSP, mas sem sucesso. “Dizem-se que é uma questão de civismo, e que nada podem fazer”. As manhãs de Carla começam com a desinfeção do passeio com produtos para retirar as manchas e o cheiro da urina dos animais, revela indignada.
Apesar de a autarquia ter instalado, o ano passado, e em diferentes pontos da cidade, novos dispensadores/recetores de sacos para recolha de dejetos caninos, os donos “teimam” em não dar ouvidos às reclamações.
Complementarmente, a autarquia decidiu passar a adquirir sacos em material biodegradável para disponibilizar nesse tipo de equipamentos, diminuindo o impacto no ambiente.
Entretanto, esta situação está sujeita a coimas, que vão de 30 a 300 euros, no caso de pessoas singulares, e 60 a 600 euros, no caso de pessoas coletivas, de acordo com o Regulamento de Resíduos e Limpeza Urbana de S. João da Madeira.

Poderá ter acesso à versão integral deste artigo na edição impressa, n.º 3943,  de 8 de junho de 2023 , ou no formato digital, subscrevendo a assinatura em https://oregional.pt/assinaturas/

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