
Com o Natal à porta, as padarias e pastelarias do concelho trabalham intensamente para dar resposta à procura das várias iguarias típicas da época. Desde o bolo-rei até aos bilharacos, ‘O Regional’ tentou saber como está a ser a preparação da doçaria
À semelhança do ano passado, o Natal na Mina da Estação começou logo a partir do início de novembro, com os clientes a procurarem os doces tradicionais a que estão habituados. “Este interesse antecipado enche-nos de orgulho e reforça a importância das nossas receitas na celebração do Natal madeirense e português”, declarou a gerente da pastelaria, Elisabete Quaresma. O bolo-rei mantém-se como o doce mais procurado nas primeiras semanas da época natalícia, mas a gerência sublinha outra iguaria disponibilizada pela Mina da Estação. “Este ano, as nossas rabanadas de leite também têm registado uma procura muito significativa, com destaque para as medalhadas nos concursos nacionais”, Elisabete Quaresma.
A confeção mantém-se fiel à tradição e à qualidade que caracteriza a pastelaria icónica. A equipa iniciou a produção das principais iguarias em novembro e, durante o mês de dezembro, essa confeção é intensificada, sempre com o cuidado de “garantir frescura e sabor autêntico”. “Priorizamos métodos tradicionais e ingredientes selecionados, continuando a apostar em processos artesanais para todos os produtos, desde os mais emblemáticos – como o bolo-rei, as rabanadas ou o pão-de-ló – até aos doces mais «familiares», como os sonhos ou os bilharacos”, assegurou Elisabete Quaresma.
Para o Natal, a Mina da Estação começou a receber pedidos de encomendas logo no início de novembro, tanto de clientes particulares como de empresas de vários pontos do país. “Esta antecipação reflete a confiança que depositam em nós para fazer parte das suas mesas festivas e estamos preparados para responder a todas as solicitações, mantendo o rigor na confeção e entrega”, afirmou Elisabete Quaresma. Mediante as várias opções que a pastelaria tem à disposição para rechear a mesa de Natal, a gerência sugeriu as rabanadas de leite, recentemente galardoadas, o tradicional bolo-rei, que consideram “um verdadeiro símbolo da época”, e o pão-de-ló húmido, “sempre muito apreciado”. “Destacamos ainda a qualidade dos ovos moles, que permanecem um doce de eleição para quem procura algo especial e diferente”, destacou Elisabete Quaresma.
Um Natal diferente na Flor do Canadá
Não são só doces típicos que a padaria e pastelaria Flor do Canadá tem à disposição na sua ementa natalícia. A gerência, constituída por Norberto Alves e Elena Faria, conta com uma equipa de 14 pessoas.
Com o Natal à porta, os preparativos estão a ser realizados, tendo em conta as diversas culturas presentes na comunidade sanjoanense. “Entre os bolos típicos, o escangalhado, o bolo-rei e o bolo-rainha são muito procurados. No entanto, o mix de culturas é inegável e, por isso, podemos integrar várias coisas ao nosso menu, como o pão de jamon”, exemplificou Norberto Alves. “Há muitos venezuelanos em São João da Madeira e temos outra iguaria para a mesa de Natal, chamada yallaca”, acrescentou, referindo-se a um prato venezuelano de Natal que consiste num estufado de carnes – boi, porco e frango – envolto em massa de farinha de milho que, depois, é empacotado em folhas de bananeira e cozido. “A yallaca é comida o resto do ano até ao dia de Reis”, explicou Norberto Alves.
Embora tenham os docinhos tradicionais portugueses e as iguarias típicas da época natalícia, a Flor do Canadá tem integrado diversos produtos diferentes na sua ementa de forma gradual. “Viemos revolucionar a padaria. Trouxemos um conceito diferente – transmitir ao cliente as opções e as oportunidades disponíveis”, considerou Norberto Alves, admitindo que, inicialmente, os clientes ficaram desconcertados com esta variedade. “Com a agregação dos novos produtos, julgo que as pessoas, agora, estão rendidas às novidades”, opinou o gerente, adiantando que, em breve, terão produtos adaptados para as pessoas diabéticas.
Para a mesa de Natal, Norberto Alves sugeriu, como primeira iguaria, a lampreia de ovos. “Este doce do Norte é mais divulgado no Porto e arredores. Fazemos este doce cá”, afirmou. “Depois de um jantar espetacular de Natal, com comida salgada e com aquele bacalhau, a aletria cai muito bem para quem a sabe fazer”, apontou. A terceira sugestão da casa é a tigelada, comum na Beira-Alta, região da qual Norberto Alves é natural. “Vou para o quarto ano [de gerência] e as pessoas ficam admiradas com a quantidade de produtos que temos e que não conhecem. Por que não ter um Natal diferente?”, comentou.
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