Sociedade

Miguel Vieira apresentou coleção inspirada em “destinos tropicais”

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Centenas de entusiastas da moda reuniram-se no Museu do Carro Elétrico no Porto para testemunhar um dos maiores nome da moda nacional, Miguel Vieira, que aos 57 anos, apresentou a sua mais recente coleção Primavera/Verão SS24, no dia 13 de outubro

Entre quatro dias de desfiles e exposições, o desfile de Miguel Vieira provou ser um sopro de otimismo durante o evento. A coleção, repleta de tons de laranjas, rosas e azuis, e do toque feminino em homologação com o masculino, ofereceu uma jornada a destinos tropicais por meio dos designs do artista.
O sanjoanense, de vasto currículo nacional e internacional, demonstrou a sua criatividade com sugestões “leves e sofisticadas”, levando o público a um passeio imaginário por “locais paradisíacos e destinos tropicais”, através de detalhes intrincados e trabalhos à mão meticulosos.
Após receber uma ovação de pé pela sua coleção no Portugal Fashion, Miguel Vieira fez questão de reconhecer o árduo esforço da organização para manter de pé o evento de renome, segundo o Jornal de Notícias.
A determinação demonstrada pelo designer de moda, Miguel Vieira, em relação ao Portugal Fashion sublinhou a relevância deste evento não apenas como um ponto alto da indústria da moda nacional, mas também como um veículo de impulso à imagem e à influência de Portugal no cenário internacional dentro da indústria da moda.

Reflexões sobre o Portugal Fashion e a coleção de Miguel Vieira

Um evento que não passa despercebido, tanto para os fashionistas ávidos quanto para os críticos atentos. Recentemente, duas jovens ligadas à área da moda, Esmeralda Dias, arrifanense e designer de moda de 23 anos, e Inês Fortunato, sanjoanense e entusiasta de moda da mesma idade, partilharam com ‘O Regional’ as suas opiniões sobre as últimas edições do evento e as eventualidades que avistaram.
Esmeralda Dias observa, “com um olhar pragmático”, que “as últimas edições do Portugal Fashion indicam a necessidade de a moda portuguesa unir forças e considerar seriamente a ideia de realizar apenas uma semana da moda, em vez das atuais duas, que ocorrem em Porto e Lisboa”, argumentando que a divulgação do evento com uma semana de antecedência e o aumento das ausências de designers renomados sugerem que, possivelmente, o ego tem desempenhado um papel na perpetuação do evento.
Por outro lado, Inês Fortunato, partilhou a sua experiência pessoal, descrevendo o Portugal Fashion como “um espaço de inspiração e distribuição inevitável”. No entanto, notou “uma maior distância entre o público, a organização e o espaço durante a edição mais recente”. Em vez do tradicional entusiasmo por vivenciar a realidade do momento presente, Inês afirmou ter sentido esta mudança de perspetiva refletir se na coleção apresentada de Miguel Vieira, “nas cores vívidas utilizadas e na fluidez dos tecidos”, sugere sugere que essa “necessidade de marcar presença” pode ser um reflexo do atual estado da sociedade.
Duas vozes distintas dentro da comunidade da moda em Portugal ressaltaram as complexidades e desafios que envolveram a realização de eventos de moda e a percepção do público sobre eles.

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