Um cidadão de 73 anos foi vítima de uma queda, que lhe provocou ferimentos nas mãos e numa perna, num passeio, em S. João da Madeira. Mas este não foi caso único. O mau estado dos passeios parecem “envergonhar” os sanjoanenses.
Entre quedas e tropeções constantes, há várias ruas em S. João da Madeira que somam incidentes causados pela degradação dos passeios. No último fim de semana, na Rua do Dourado, um cidadão, de 73 anos, foi vítima de uma queda. “Foi do lado do cemitério n. 1. É um milagre andar nestes passeios sem cair. Aquilo não são passeios. São lombas”, diz António Silva.
Este sanjoanense não esconde a “revolta” pela queda e pelo estado de alguns passeios, alguns deles em “artérias principais” da cidade. Apesar da “grande queda”, sofreu ferimentos ligeiros nas mãos e numa perna. A 'O Regional' acusa a autarquia de “nada fazer para resolver um problema grave, que está a envergonhar os sanjoanenses e dá uma imagem péssima a quem nos visita”.
A situação é denunciada também por alguns comerciantes, que, com regularidade, observam peões feitos equilibristas, a tentar evitar a queda após tropeçarem.
Fernanda Castro foi outra sanjoanense que sofreu uma queda. Aconteceu em plena luz do dia, a 10 de setembro. “Tropecei num buraco na Avenida Renato Araújo, junto aos bancos de jardim. Magoei-me e pensei que tinha partido o antebraço. Fui ao hospital, fiz RX, mas, felizmente, estava só pisada. Andei mais e 15 dias cheia de dores”, revela a ´O Regional´. Questionada se tinha feito algum tipo de reclamação junto dos serviços municipais, garantiu que não. “Acabei por deixar passar”, apesar de ter tirado fotografias ao buraco e ás marcas no corpo. “Os passeios estão uma miséria, e quando arranjam ficam cheios de altos e baixos”, acrescenta.
Em frente à capela mortuária verifica-se um “desnível acentuado” num dos passeios. Um comerciante assume que o “perigo” está mesmo na entrada da sua loja. “Apercebo-me de pessoas que escorregaram e estou sempre a ver quando há uma queda feia. Há dias, caiu aqui uma senhora. Felizmente não se magoou”, acrescentando que “há passeios em muito mau estado “em S. João da Madeira.
Calçada portuguesa com pedras levantadas, buracos, piso irregular não é um problema novo, mas está a preocupar mais moradores e comerciantes. Uma responsável por um café, na Avenida Dr. Renato Araújo, contou a ´O Regional’ que presenciou várias pessoas a cair. e que ela própria deu conta da situação aos serviços de trânsito da autarquia. “As raízes das árvores estão a destruir tudo. Dizem que são árvores antigas e que não se pode fazer nada”, e ironiza, acrescentando: “então vamos continuar a permitir a destruição até acontecer uma tragédia”. Relativamente às quedas que se têm verificado a autarquia diz “lamentar o sucedido” e assegura que a comunicação dessas situações é “devidamente analisada pelos serviços autárquicos competentes”
Poderá ter acesso à versão integral deste artigo na edição impressa n.º 4009, de 7 de novembro de 2024 ou no formato digital, subscrevendo a assinatura em https://oregional.pt/assinaturas/