Mariana Carvalho, de 41 anos, mantém-se à frente da Confederação Nacional das Associações de Pais por mais dois anos. Neste mandato, as questões de “saúde mental e emocional” estão entre as prioridades da grande prioridade da líder dos pais.
A líder nacional e presidente da federação de S. João da Madeira, Mariana Carvalho, venceu as eleições, que decorreram, no último sábado, em Santa Maria da Feira, para os órgãos nacionais da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), contra Carlos Gonçalves, antigo representante dos pais, de Vila Nova de Gaia. A lista B, encabeçada pela dirigente sanjoanense, obteve 179 votos contra 134 da lista A.
Mariana Carvalho renova, assim, o mandato e continuará por mais dois anos à frente do órgão, “num projeto de continuidade” que representa os pais junto do Governo e das diversas organizações. “Ficamos claramente satisfeitos com esta continuidade do projeto que estávamos a desenvolver. Do ponto de vista da educação, foram dois anos muito atribulados, o que não permitiu a realização de todo o plano de atividade que tínhamos previsto”, referiu a ´O Regional’.
Sendo um projeto de continuidade, há naturalmente uma “maior preparação de toda a equipa” para os desafios que temos pela frente. “A Confap está aberta a todos os pais”, assegura.
A saúde mental é a grande prioridade para a representante dos pais, para este mandato. “Nós percebemos que a Covid veio evidenciar estas questões da saúde mental e emocional”. Acrescenta que é visível “não só nas escolas”, mas, no dia a dia, que, de uma forma geral, “as pessoas estão muito mais irritadas, menos tolerantes, e acredito que devemos olhar para estas questões com muita atenção, tratar e cuidar, antes que chegue a doença em si”, reforçando que a “saúde mental e emocional está nas prioridades da Confap”, bem como “retomar” as negociações com o Governo, iniciadas com o anterior.
“Há muito trabalho a fazer”
Mariana Carvalho assume que há um “longo trabalho pela frente” que, agora, é feito com “mais experiência”, e defende a recuperação de práticas que foram desaparecendo com a pandemia, dando como exemplo o regresso, em força, dos pais à escola. Defende ainda que a Confap trabalhará a formação e capacitação dos pais em áreas como a fiscalidade e contabilidade das associações, os pais representantes de turma, a inclusão, ou mesmo as tecnologias.
Entre as prioridades está também a “comunicação, formação e capacitação parental” entre as associações de pais, assumindo que estas vão mudando, e “é importante que haja aqui uma aproximação e formação, mantendo sempre essa aproximação entre as federações e associações”, já que é um plano de atividades “aberto” a toda a comunidade educativa.
Relativamente às escolas da cidade, a presidente da federação de S. João da Madeira assegura que as mesmas estão de boa saúde. “Acabamos muitas vezes por ser um exemplo, porque temos uma proximidade muito grande com a Câmara Municipal, associações de pais e direções de agrupamentos” assumindo, no entanto, que “há muito trabalho a fazer” neste que é um concelho “pequeno”, onde a “atenção e a proximidade de todos os intervenientes, do ponto de vista da educação, está sempre “próxima e muito atenta”.