Sinalização mal colocada, passadeiras que ultrapassam rotundas, muito próximas de rotundas, de cruzamentos e entroncamentos, falta de lombas antes das mesmas, falta de iluminação, são alguns dos alertas de condutores
É um assunto antigo que parece arrastar-se no tempo. Vários sanjoanenses voltam a mostrar o seu descontentamento relativamente à sinalização vertical, que dizem estar, em muitos casos, “a mais, mal colocada, muito confusa”. E, em determinados locais, “há mesmo a ausência da mesma”.
Paulo Resende é vendedor de profissão e diz conhecer “todos os cantos” da cidade. “É um problema antigo. Já falei com a polícia, que, garante, há muitos anos apresentou na Câmara Municipal um documento com as alterações necessárias de sinalização”, mas, ao que parece, os “anos vão passando e o problema continua”, enfatiza.
Entre as várias medidas “necessárias” para que algumas das principais avenidas de S. João da Madeira se tornem mais seguras, “principalmente para os pões que por ali circulam”, defende a colocação de “lombas redutoras de velocidade” e a colocação de “marcadores luminosos solares” antes das passadeiras, de forma a tornar estas passagens “mais seguras”, uma vez que obriga “obrigatoriamente” à redução de velocidade, “criando ainda uma sinalização luminosa que garante aos automobilistas aperceberem-se mais facilmente da passagem de peões e da existência das passadeiras”.
Paulo Resende lembrou o atropelamento da passada semana, que envolveu uma mulher de 42 anos, que ficou em estado considerado grave, após ter sido atropelada numa passadeira, na Rua Enedina Garcia (perto da Rotunda do Hospital), em S. João da Madeira. “Ainda hoje me questiono como aconteceu aquele atropelamento nessa rua, naquele lugar”.
Mas os alertas não ficam por aqui. Conta que quem sai do hospital “é obrigado” a entrar na via da direita em direção à rotunda. “Logo a seguir à passadeira, há na estrada uma indicação no chão que obriga os condutores a seguir em frente. Baralha tudo e todos. Aquilo é uma verdadeira vergonha”, proclamou.
Passadeira que atravessa rotunda
Armando Pinho é outro automobilista descontente. Entre várias situações “confusas de sinalização”, aponta a rotunda junto do cartório, antes da passagem de nível. “Esta passagem de peões é muito preocupante, estranha”, uma vez que “atravessa uma rotunda e isso vai contra todas as recomendações. É um verdadeiro absurdo, apesar da sinalização estar correta”. Este automobilista enfatiza que “só com uma intervenção profunda é que o problema poderá ser resolvido”. Não basta retirar a passadeira, uma vez que afirma que “as pessoas vão sempre atravessar ali”, assegura.
Uma outra passagem que preocupa este condutor é a passadeira em frente à Casa do Benfica. “Não faz sentido. É um perigo. Já apanhei ali alguns sustos, porque as pessoas também entram na passadeira como se não tivessem responsabilidades”, rematou.
Artigo disponível, em versão integral, na edição nº 3876 de O Regional,
publicada em 27 de janeiro de 2022