Após dois concursos públicos realizados pela Câmara Municipal de S. João da Madeira, as várias lojas no recém-renovado Mercado Municipal ainda não conseguiram atrair interessados.
O que se passa com as lojas do Mercado Municipal? Esta é uma pergunta feita por muitos clientes e pelos próprios vendedores deste espaço, que passou, nos últimos anos, por um extenso processo de renovação, para o tornar num ponto central de comércio.
A situação tem gerado surpresa e inquietação, uma vez que a revitalização do mercado foi um dos projetos mais esperados na cidade, e parece que ninguém consegue dar resposta à falta de interesse para a ocupação daqueles espaços. O certo é que as cerca de nove lojas ainda não foram adjudicadas, depois da abertura de dois concursos públicos para atrair possíveis interessados. Se há quem aponte a “crise” como um dos principais motivos, muitos foram os que revelaram a ‘O Regional’ que o “mercado se tornou simplesmente um espaço não atrativo para investimento”, apontando o longo período em que decorreram as obras como uma das causas. “Foram muitos meses de obras e, certamente, afastaram muitos clientes”, refere Lídia Silva. Esta sanjoanense, e frequentadora semanal do espaço, lamenta ainda que a Câmara Municipal não olhe para o espaço com vaidade. “Não se entende a razão deste desleixo no piso das lojas. Estão fechadas, aparentemente prontas, e algumas servem de armazém para guardar coisas das respetivas obras. Quem entra no mercado pensa que ainda estão a decorrer as obras”, atira.
Por seu turno, Carla Lopes, de 62 anos, defende que o Mercado Municipal continua a ser o local onde se encontram os “melhores produtos”, os mais frescos, porque a maioria vem diretamente do produtor, a melhor simpatia, e até com mais diversidade e oferta. “Tem todas as condições para ser um ponto de atração. Falta-lhe vida. A autarquia devia apostar mais no mercado. Até a decoração natalícia era pobre”, enfatiza, acrescentando: “O Mercado também pode ser um local de cultura”, sugerindo ao município a realização de “exposições e até programação cultural, com regularidade. A impressão de inacabado decorre do facto dessas lojas ainda não terem sido adjudicadas. Não se entende a razão de ninguém querer vir para as lojas do mercado”, realçou.
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