Inserido nas comemorações do 25 de Abril, a censura do lápis azul está patente num mural que procura recordar a critica antes da Revolução dos Cravos. A obra pode ser apreciada e fotografada numa fachada de um prédio no Parrinho.
Homenagear o legado da revolução que deu liberdade a Portugal, manter viva a memória da importância da democracia e agradecer a quem se bate, todos os dias, por uma das mais nobres conquistas da humanidade. É o espírito do novo mural criado na cidade.
Não há quem passepela rua do Parrinho sem olhar para o mural com ícones de abril com forte destaque para o lápis azul que foi criado numa parede amarela de um prédio naquele espaço, no Parrinho, em S. João da Madeira.
O projeto “Ruído”, dos artistas “Draw” (Frederico) e “Contra” (Rodrigo), a mesma dupla responsável pela criação do mural de homenagem a Salgueiro Maia, criado num dos edifícios do Bairro do Poder Local, inaugurado em abril de 2019, foram também os autores deste projeto concluído no último fim de semana.
Segundo apurámos, trata-se de um projeto financiado pelo Turismo de Portugal, inserido nas comemorações do 25 de Abril. Sabe-se também que a ideia dos criadores para este mural passou por ligar S. João da Madeira ao Turismo Industrial, representado por um gigante lápis azul (Viarco) partido ao meio peça central do mural alusivo à censura da época: “Lápis azul nunca mais”.
A criação de mais um mural do 25 de Abril acontece no 50º aniversário da Revolução dos Cravos, que se celebra este ano. Questionada sobre este assunto, a autarquia reportou declarações para o dia da inauguração.
Recorde-se que, após 1974, muitas ruas portuguesas ganharam muitas imagens alusivas ao momento revolucionário, mas, com o passar dos anos, a tinta foi apagando muitas dessas memórias da revolução. Mas, o importante continua a ser a grande mensagem que se tira destes trabalhos.