O arguido, que está em prisão preventiva à espera da resolução do processo do homicídio da freira “Tona”, foi condenado a mais sete anos de prisão.
Alfredo Santos homicida de Maria Antónia de Guerra Pinho, mais conhecida por irmã “Tona”, que foi encontrada morta, em setembro de 2019, na habitação onde o homicida morava, na Rua de Arrifana, em S. João da Madeira, foi condenado, terça-feira, dia 19, pelo Tribunal de Santa Maria da Feira, por um crime de sequestro a uma mulher sanjoanense que agrediu e tentou roubar-lhe o carro, em junho de 2019, em S. João da Madeira.
“O meu cliente prescindiu estar presente na leitura de sentença de modo a ser transportado, o mais rapidamente possível, para a Esquadra Prisional da Carregueira”, onde se encontra a aguardar o “ingresso no programa dirigido a agressores sexuais, assim como o programa de desintoxicação de drogas”, disse a ‘O Regional´ a advogada do arguido, Cristina Bento.
Inicialmente, Alfredo estava acusado de um crime de rapto, mas acabou por ser punido por um crime de sequestro, na pena de dois anos e três meses de prisão, dado que o tribunal não conseguiu provar a sua intenção de colocar a vítima no interior da bagageira do carro.
A juíza presidente esclareceu também que as medidas das penas foram agravadas, devido ao facto de este sanjoanense ter sido considerado reincidente.
Cristina Bento referiu que Alfredo prestou declarações em julgamento, no sentido de “informar o tribunal que o ocorrido esteve relacionado com o roubo da viatura e não qualquer agressão do foro sexual à ofendida”. Explicou ainda que “o roubo foi encomendado por terceiros, de modo a ficarem liquidadas dívidas de consumo de drogas e lhe seria entregue um valor elevado em dinheiro”. Após ouvir todas as testemunhas, “o meu cliente, no fim do julgamento, pediu a palavra e revelou-se verdadeiramente arrependido do ocorrido, que não era seu objetivo atuar sobre ofendida, mas sim levar o veículo”, explica Cristina Bento.
O tribunal avaliou também um pedido de indemnização civil deduzido pela vítima, tendo obrigado Alfredo Santos a pagar à vítima quase 29 mil euros por danos patrimoniais e morais.
A jurista diz que não irá “recorrer” da decisão, assumindo que o seu cliente “já conseguiu reduzir o consumo diário de metadona tendo como objetivo abandonar o consumo de qualquer substância aditiva (incluindo álcool)”.
Lembre-se que, neste momento, o arguido está em prisão preventiva e foi condenado a 25 anos de prisão pelo homicídio da religiosa, que ocorreu quatro dias depois da freira ter dado uma entrevista exclusiva a ‘O Regional’.
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