Sociedade

Há menos atropelamentos nas passadeiras

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O número de acidentes e atropelamentos nas passadeiras tem vindo a reduzir. A garantia é da PSP, que adianta que em causa poderá estar a diminuição de viaturas nas artérias da cidade devido à pandemia.

Durante vários anos, muitos sanjoanenses não esconderam o desagrado pelo “número elevado” de acidentes nas passadeiras. Assim, apontavam o dedo à sua má localização, algumas muito próximas de rotundas, sem sinalização e com falta de visibilidade, abrindo caminho à distração de transeuntes e automobilistas, provocando situações de acidentes.
“Tenho a sensação de que os acidentes diminuíram nas passadeiras nos últimos tempos, mas ainda ocorrem, infelizmente”. A garantia é do Comissário da PSP de S. João da Madeira, que justifica que esta redução poderá dever-se a uma maior atenção por parte dos condutores e pões, da instalação das passadeiras inteligentes, que emitem sinalização luminosa aos automobilistas, quando se verifica a aproximação de transeuntes, dos passeios com piso tátil para invisuais, que lhes permite detetar a proximidade das vias e as passagens para peões, e ainda da grande ausência de viaturas em tempos de pandemia.
Hélder Andrade não esconde a satisfação pela redução dos números de acidentes nas passadeiras, uma vez que S. João da Madeira “já teve números muito elevados de atropelamentos e alguns com muita gravidade”. Atualmente, os acidentes fora das passadeiras são, na verdade, os que mais o preocupam. “O condutor, tecnicamente, na passadeira, acaba por reduzir a velocidade, o que não acontece nos restantes troços, e, só por si, o impacto para o peão é muito mais gravoso”. Hélder Andrade não revelou números atuais das ocorrências em S. João da Madeira, mas “ao cruzar os dados dos atropelamentos fora das passadeiras, com a gravidade dos ferimentos, talvez haja mais feridos graves fora das passadeiras do que nelas”, assume o comissário.
Um estudo da mobilidade pedonal apresentado com dados facultados pela PSP revela que entre 2007-2017 foram registadas 268 vítimas de atropelamentos, sendo que os anos de 2008 (seis casos graves e 29 ligeiros) e 2016 (três graves e 29 ligeiros) foram os que registaram números mais elevados. Nas mesmas datas, o número de atropelamentos fixou-se nos 250. Relativamente às ruas e avenidas com mais acumulação de acidentes estão a Avenida Dr. Renato Araújo, Avenida da Liberdade, Rua João de Deus, Rua dos Bombeiros Voluntários e Rua Manuel Luís Leite Júnior.

Ar­tigo dis­po­nível, em versão in­te­gral, na edição nº 3861 de O Re­gi­onal, pu­bli­cada em 14 de outubro de 2021

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