Ainda não há data confirmada para a sua instalação, mas ´O Regional´ revela, em primeira mão, como vai ser o monumento de homenagem ao General sem Medo, com o qual o Município pretende evocar a sua vitória em S. João da Madeira.
S. João da Madeira vai ter uma estátua de Humberto Delgado, fundida em bronze e pintada de branco, em que o General sem Medo é representado “em pose de saudação, segurando um chapéu na mão”, na descrição feita pelo próprio autor do monumento, Leonel Moura.
Este conceituado artista plástico, natural de Lisboa, foi o vencedor do concurso de ideias lançado pela Câmara de S. João da Madeira para a realização de uma escultura evocativa da vitória de Humberto Delgado em S. João da Madeira, nas eleições presidenciais de 1958.
Reconhecido pela utilização de ferramentas tecnológicas no seu trabalho artístico, Leonel Moura concebeu a escultura do General Sem Medo a partir de um modelo “criado com o auxílio da Inteligência Artificial e impressão 3D”, o que permitiu colmatar a “escassez de recursos fotográficos” disponíveis.
Sendo a figura “fundida em bronze e pintada de branco”, o autor explica que “a escolha desta cor visa dar maior destaque ao conjunto escultórico”, que ficará localizado no espaço ajardinado situado na confluência da Rua Visconde com a Rua do Dourado, junto à Praça Luís Ribeiro, no centro da cidade.
Quando a obra for instalada nesse local - em data que ainda não está definida pela autarquia -, os sanjoanenses e quem visitar a cidade vão ter a possibilidade de encontrar aí “uma escultura realista”, representando o General sem Medo numa pose “reconhecida da campanha eleitoral de 1958”, com um chapéu numa das mãos, aspeto que “destaca uma das principais indústrias do concelho”.
Escultura ainda em fase de construção
“Esta a ser muito desafiante, porque, apesar de Humberto Delgado ser uma figura bastante conhecida da nossa história não existem muitas fotografias com qualidade, o que dificultou todo o trabalho. Como uso muitas tecnologias no meu trabalho, andei aqui a usar inteligência artificial, como forma de reconstituir um modelo tridimensional passar uma imagem para um elemento escultórico, e não foi muito fácil, exatamente porque não há muitas fotografias” explica o artista plástico
Leonel Moura assume-se um perfecionista, um apaixonado por trabalhar em espaços urbanos. Gosta das coisas bem-feitas. “É importante quando fazemos este tipo de estatuaria, que a escultura tenha qualidade estética”, garantindo que o resultado do trabalho que está a desenvolver para S. João da Madeira “está bastante bom”.
Defende que as pessoas, para serem criativas, têm que ser livres e que, neste trabalho, conseguiu essa liberdade. “Quando estamos a fazer uma obra para uma entidade pública, e depois para o espaço público, há logo uma responsabilidade elevada por parte do artista, que aumenta por ser num espaço público que é invadido pela nossa obra”, rematou.
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