Sociedade

“Empurrou-a do carro e quase nos atropelou”

• Favoritos: 87


O porteiro que auxiliou Inês Carvalho, depois de ter sido deixada pelo namorado André (Pirata) na urgência do Hospital de S. João da Madeira disse em tribunal que o condutor puxou a vítima por um braço, empurrou-a com os pés para fora da viatura.

Na segunda sessão de julgamento, que decorreu na última quinta-feira, dia 19, Diogo Rafael, que em setembro de 2020 prestava serviço na portaria da Urgência do Hospital de S. João da Madeira, disse que se apercebeu de uma viatura chegar a alta velocidade e do condutor gritar que ambos tinham sido alvejados, não se tendo apercebido no momento o que tinha na verdade acontecido. Este ex-assistente operacional explicou perante um coletivo, presidido pelo juiz Carlos Casas Azevedo, que o condutor mal parou a viatura, “tentou retirar a senhora, puxou a vítima por um braço e, como não conseguiu, empurrou-a com os pés”, tendo o Diogo ficado com Inês nos braços, enquanto André (Pirata) se colocou imediatamente em fuga. ”Ele colocou a marcha atrás com uma velocidade louca, e até pensei que ele nos ia atropelar. Foi tudo em poucos segundos. Por momentos,” pensei que ia estacionar o carro mas nunca mais apareceu”. Diogo Rafael disse ainda que Inês Carvalho, de 23 anos foi levada de imediato para a sala de reanimação.
O caso remonta à noite de 23 para 24 de setembro de 2020, quando dois agentes da PSP - o acusado Bruno Alves (esquadra de Espinho) e Jorge Marta (esquadra de S. João da Madeira) – assumiram a operação de vigilância, após uma vaga de furtos na Avenida do Vale, onde se encontra um condomínio considerado de luxo, e os dois agentes se depararam com a tentativa de André Pirata furtar bens de uma viatura Mercedes aí estacionado. O agente é suspeito de ter disparado mortalmente sobre a companheira do sanjoanense André “Pirata”, em S. João da Madeira.
António Ferreira, dono do Mercedes, que sofreu tentativa de furto por parte de (Pirata), disse que, apesar de ter no interior da viatura alguns bens, como um GPS e óculos de sol, “partiram o vidro lateral direito, remexeram tudo no interior e nada levaram” entendendo que “aconteceu alguma coisa naquele momento para não terem levado nada”. O proprietário da viatura aceitou desistir da queixa-crime de furto tentado contra Pirata, uma vez que tinha seguro contra todos os riscos. “Não tive prejuízo. Pagaram-me tudo e não quero andar pelos tribunais”, enfatizou.
Por sua vez, Filipe Bastos que reside no condomínio onde a viatura estava estacionada, diz que se apercebeu de um “som que não se repetiu” nessa noite, que lhe pareceram foguetes e “nunca tiros”. Veio à janela e apercebeu-se de uma viatura, ”sempre em linha reta, em alta velocidade. O carro desapareceu o mais rápido que podia”. O morador nunca teve a noção “que era um assalto”. Depois de mudar para outra janela da casa, viu na estrada duas pessoas que não terá identificado como policias.

Poderá ter acesso à versão integral deste artigo na edição impressa de 26 de janeiro ou no formato digital, subscrevendo a assinatura em https://oregional.pt/assinaturas/

87 Recomendações
387 visualizações
bookmark icon